Mistura de acaricidas no manejo da resistência de Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) a hexythiazox

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Campos, Fernando Joly
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-14112006-143740/
Resumo: A mistura de hexythiazox com acaricidas de ação adulticida tem sido explorada no controle de Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) em pomares de citros. Sendo assim, o presente trabalho foi realizado com o objetivo de subsidiar a recomendação de mistura de acaricidas no manejo da resistência de B. phoenicis a hexythiazox. Para esse propósito, foram realizados estudos para 1) avaliar a relação de resistência cruzada entre hexythiazox e cyhexatin em B. phoenicis;2) 2) entender a estabilidade da resistência de B. phoenicis a hexythiazox mediante a comparação da biologia das linhagens suscetível (S) e resistente (R) ao hexythiazox em condições de laboratório e a avaliação da dinâmica da resistência em condições de campo, por um período de dois anos; e 3) avaliar a estratégia da mistura de hexythiazox com os acaricidas cyhexatin ou dicofol mediante a condução de estudos de persistência da atividade biológica de acaricidas sobre as linhagens S e R, além de experimentos de campo para validar essa estratégia. A estimativa da freqüência de resistência a hexythiazox foi realizada com bioensaio de contato direto sobre ovos, utilizando-se a concentração discriminatória de 18 mg de hexythiazox/L de água. A resistência cruzada entre hexythiazox e cyhexatin foi ausente. Não foram verificadas diferenças significativas entre as linhagens S e R, com relação aos parâmetros biológicos avaliados para a confecção das tabelas de vida e fertilidade em condições de laboratório. No entanto, a resistência de B. phoenicis a hexythiazox foi instável em condições de campo; isto é, foram verificadas reduções significativas na freqüência de resistência na ausência de pressão de seleção, tanto em talhões com baixa (<20%) como em talhões com alta (>60%) freqüência de resistência. Estudos de persistência da atividade biológica de hexythiazox, utilizada na forma isolada ou em mistura com cyhexatin ou dicofol, evidenciaram que há discriminação na taxa instantânea de crescimento (ri) das linhagens S e R. Dicofol apresentou menor persistência do que hexythiazox e cyhexatin. As freqüências de resistência a hexythiazox estimadas após a utilização da mistura de hexythiazox com cyhexatin ou dicofol foram significativamente menores do que a freqüência estimada após a utilização de hexythiazox isoladamente; porém maiores do que as freqüências estimadas após a utilização de cyhexatin ou dicofol isoladamente. Apesar do controle satisfatório de B. phoenicis com a utilização da mistura em pomares com baixa freqüência de resistência a hexythiazox, essa estratégia deve ser recomendada com cautela para o manejo da resistência de B. phoenicis a hexythiazox.