Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Fernanda de Morais |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23132/tde-02012008-151945/
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Resumo: |
Apesar dos conhecimentos já existentes sobre o xilitol, seu efeito no desenvolvimento da cárie dentária ainda requer maiores esclarecimentos. Assim, este estudo in situ randomizado, duplo-cego e cruzado teve como objetivo determinar o efeito de xilitol em pastilhas na composição do biofilme dental e nos processos de desmineralização e remineralização do esmalte, comparado a um controle com pastilhas contendo sorbitol. Em duas fases de 14 dias, 11 voluntários utilizaram dispositivos palatinos com seis blocos de esmalte humano (três hígidos para avaliação da desmineralização + três previamente desmineralizados para avaliação da remineralização) com dureza de superfície conhecida. Sacarose 20% foi gotejada oito vezes ao dia apenas sobre os blocos hígidos. Cinco minutos após cada gotejamento, os dispositivos eram recolocados na boca e os voluntários chupavam pastilha com xilitol 88,3% ou sorbitol 84,5%. A utilização das pastilhas iniciou-se uma semana antes de cada fase experimental. Foi usado dentifrício sem flúor. Ao final de cada fase, o biofilme formado sobre os blocos foi coletado e dividido para análises microbiológica e bioquímica, e os fragmentos de esmalte foram analisados quanto a variação de dureza de superfície antes e após o experimento. A porcentagem de perda de dureza de superfície dos blocos de esmalte do grupo do xilitol apresentou uma tendência a ser menor do que aquela observada no grupo do sorbitol, embora a diferença não tenha sido significante (p= 0,066; ANOVA). Também não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos em relação à porcentagem de ganho de dureza de superfície e à maioria dos parâmetros bioquímicos do biofilme. As médias das concentrações de fósforo inorgânico e de polissacarídeo intracelular no biofilme no experimento de desmineralização foram significantemente menores (p< 0,001 e p= 0,007) no grupo do sorbitol. As porcentagens de estreptococos do grupo mutans (SM) em relação ao total de estreptococos (S) (p= 0,037) no experimento de desmineralização, assim como as contagens de SM (p= 0,035) e lactobacilos (p= 0,048), e as porcentagens de SM em relação ao total de microrganismos (p= 0,035) e em relação a S (p= 0,017) no experimento de remineralização foram significantemente menores no biofilme do grupo do xilitol. Os demais parâmetros microbiológicos não foram influenciados de maneira significante pelos tratamentos. O uso de pastilhas com xilitol por curtos períodos de tempo não apresentou vantagem nem em diminuir a desmineralização nem em favorecer a remineralização do esmalte em comparação ao uso de pastilhas com sorbitol, mas alterou a ecologia bacteriana do biofilme, reduzindo as contagens e as porcentagens de importantes grupos de microrganismos cariogênicos. |