Imagens da solidão na contemporaneidade: a contribuição do filme Her em uma perspectiva junguiana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Steinke, Anna Paula Zanoni
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-10122015-101702/
Resumo: Estudar a solidão por meio de um ponto de vista psicológico junguiano, o qual entende os fenômenos da psique como plurais, relacionados a aspectos pessoais e coletivos foi o objetivo principal deste trabalho. A partir do conceito junguiano de imagem, ou seja, perspectivas a respeito de qualquer ideia, conceito, sentimento ou percepção que são formados sobre o mundo, buscou-se analisar o que há nas imagens sobre a solidão presentes na contemporaneidade. Estudos nas ciências sociais e o filme Her contribuíram como fontes de imagens para a análise da solidão. O filme apresentou imagens com grande sensibilidade, plasticidade e potencial arquetípico capazes de aprofundar a ampliar o tema. A solidão também foi estudada como elemento importante no processo de desenvolvimento psíquico, como na formação da consciência, na diferenciação gradual da psique do bebê em relação à psique materna e no caminho de individuação, os quais representam movimentos estruturantes que têm seus fundamentos nos processos de separação e diferenciação. Três perspectivas mitológicas foram apresentadas como bases arquetípicas capazes de fornecer luz para a compreensão da solidão: o casamento sagrado de Eros e Psiquê, o mito de Narciso e a concepção de Dioniso e sua relação com o conceito de communitas. Reflexões sobre a interação dessas três perspectivas com a contemporaneidade foram realizadas. A conclusão da pesquisa é de que a solidão representa uma potencialidade de contato com a alma, de interiorização, envolvimento e intimidade, mas um cuidado inadequado pode resultar em um isolamento que promove estagnação psíquica. É um elemento necessário ao desenvolvimento psicológico, o qual precisa de relacionamento com outros elementos psíquicos como o amor, e que necessita ser recebido na contemporaneidade com mais respeito, paciência e delicadeza. A elaboração da solidão permite a consciência da singularidade e é essencial para a alteridade