A casa na cidade: uma leitura junguiana da experiência de jovens que moram sozinhos em São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Andrade, Gustavo Monteiro Pessoa de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-14082013-112143/
Resumo: A consideração do espaço vivido na urbanidade contemporânea tem sido objeto de estudos de autores em diferentes áreas do conhecimento. Compreender como essa experiência ocorre e a individualidade se apresenta pode nos auxiliar a identificar dinâmicas, padrões e elementos simbólicos que sustentarão o desenvolvimento psíquico saudável em uma sociedade que, adensada na pedra da cidade, busca maneiras de conviver em harmonia no espaço público conquanto permita que o indivíduo desenvolva-se de maneira congruente com sua singularidade. Esta pesquisa dedicou-se ao estudo de jovens que passam pela experiência do habitar sozinho em sua fase inicial, na qual é possível apontarmos aspectos deste dinamismo psíquico com mais visibilidade. Ao entrevistá-los em relação à escolha e vivência da casa e sugerir que tomassem fotografias a respeito de sua morada, investigamos a constituição da individualidade a partir da separação dos pais e o início da vida adulta em sua dimensão poética, textual e imagética. Reconhecemos a juventude como etapa distinta da adolescência e adultez, a qual a psicologia poderá investir mais esforços para compreender. Verificamos a presença de polaridades arquetípicas comuns aos participantes, que podem ser representados pelas figuras míticas de Hermes e Héstia, em oposição, complementação e alternância, evocando, por um lado, os valores de velocidade, movimentação e energia vibrante, e, por outro, aqueles relacionados à concentração, à serenidade e ao foco. Pôde-se aventar que o equilíbrio entre a capacidade de estar presente na casa e ser recarregado por este momento e, de outra parte, a necessidade de aventurar-se na velocidade da cidade contemporânea favorecerá o desenvolvimento psíquico nessa etapa da vida e sedimentará base sólida na qual a individualidade poderá se sustentar