Padrão de especialização produtiva e crescimento econômico sob restrição externa: uma análise empírica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Gouvêa, Raphael Rocha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12140/tde-10052010-144501/
Resumo: Esta dissertação procura contribuir para literatura empírica sobre crescimento econômico restrito pelo balanço de pagamentos através da investigação de como a mudança estrutural, identificada como alterações na composição setorial das exportações e importações, afeta a intensidade da restrição externa. Para tanto, são realizados dois exercícios empíricos. O primeiro fornece evidências para a validade da Lei de Thirlwall Multissetorial para um conjunto de 90 países no período 1965-1999, baseando-se na análise do erro de previsão e do desvio médio absoluto, assim como na aplicação de um teste de regressão. No segundo, apresentam-se evidências de que o crescimento econômico brasileiro no período 1962-2006 foi compatível tanto com a Lei de Thirlwall quanto com a Lei de Thirlwall Multissetorial. As implicações da Lei de Thirlwall Multissetorial foram utilizadas, então, para explorar a relação entre estrutura produtiva, mudança estrutural e restrição externa por meio da análise da evolução das elasticidades-renda ponderadas das exportações e importações. Dadas a natureza setorial deste exercício empírico e sua possível conexão com a literatura historiográfica sobre o II Plano Nacional de Desenvolvimento (1974-1979), os resultados do trabalho foram utilizados para avaliar a contribuição dos setores para a evolução das elasticidades-renda ponderadas das exportações e importações, subsidiando, assim, o debate existente acerca do ajustamento externo promovido entre 1974 e 1984. Os resultados sugerem que a interpretação de Castro (1985), mesmo quando avaliada sob uma métrica diferente daquela utilizada pelo autor, possui fundamento empírico. Porém, faz-se necessário ressaltar a qualificação de Fishlow (1986) de que a melhoria verificada na balança comercial nos anos 1983-1984 decorre em maior medida do comportamento das exportações do que das importações.