Alteração e pedogênese em rochas granulíticas na região cacaueira da Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1990
Autor(a) principal: Rego, Maria Jose Marinho do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44131/tde-22062015-100028/
Resumo: Com a finalidade de estudar a alteração e a pedogênese em clima tropical úmido, foi escolhida uma área dentro da Região Cacaueira da Bahia, apresentando homogeneidade petrográfica. Geologicamente a área é dominada por rochas granulíticas e está submetida a um clima com características equatoriais, traduzidas por pluviosidade, temperatura e umidade do ar elevadas. O relevo é representado por dois domínios: o dos Planaltos Cristalinos (Serras e Maciços Pré-Litorâneos e Tabuleiros Pré-Litorâneos) onde o relevo é mais movimentado, e a Depressão de Itabuna, com cotas mais baixas. Para desenvolvimento do trabalho foram coletados 6 perfis de solo, correspondendo a 3 Latossolos, 2 Podzólicos e 1 Cambissolo, além de amostras avulsas. O clima atuante na área propicia uma alteração eficaz, levando à formação de minerais da família da caolinita (caolinita mal cristalizada e haloisita (7A\'ANGSTROM\')) acompanhados por hidróxidos de ferro e alumínio (goethita e gibbsita respectivamente); quantidades variáveis de esmectitas, micas alteradas e cloritas ocorrem compondo a fração argila dos horizontes de alteração e solum, representando condições particulares do meio. No que se refere a organização pedológica, pode-se distinguir diferentes níveis, de acordo com as classes de solo. Nos latossolos, tem-se o desenvolvimento de um mecanismo de agregação, que é traduzido por diferentes etapas: plasma heterogêneo \'SETA\' interação argila-hidróxidos \'SETA\' plasma homogêneo \'SETA\' separações plásmicas \'SETA\' aumento da porosidade \'SETA\' individualização de peds. Na classe dos Podzólicos, o grau de homogeneidade do plasma é baixo; a rede de vazios é decorrente de esforços de contração e dilatação pela variação da umidade, o que leva a formação de uma estrutura grosseira com médio grau de desenvolvimento. Os Cambissolos são originados sobretudo, de 2 materiais: um deles, o mais superficial, representado por material remanejado, que dá ao solo um aspecto latossólico e organização pedológica incipiente; o segundo material, é representado pelo produto de rochas alteradas in situ e é comparável aos horizontes C de Latossolos e Podzólicos, apresentando plasma apedal com aspecto heterogêneo. Num contexto geral, os Latossolos ocupam preferencialmente os Tabuleiros Pré-Litorâneos. Esta unidade geomorfológica está recoberta por material coluvial, do Neógeno, daí a existência de solos profundos, bem desenvolvidos, com baixo grau de saturação em bases, pH ácido e mineralogia representada por caolinita, hidróxidos de ferro e alumínio, e quartzo. Os solos mais jovens, Podzólicos e Cambissolos, ocupam, grosso modo, as unidades geomorfológicas das Serras e Maciços Pré-Litorâneos e a Depressão de Itabuna. As retiradas das alteritas aí existentes, no Plio-Plestoceno, permitiu a formação de perfis a partir da rocha, com pouco e médio grau de desenvolvimento, apresentando caráter eutrófico, acidez moderada e paragênese secundária mais diversificada - caso dos Podzólicos; os Cambissolos, por sofrerem influência do material transportado, apresentam complexo com baixo grau de saturação e acidez forte, apesar da presença de minerais alteráveis na massa do solo.