Percival Farquhar, um homem quase sem nenhum caráter entre oligarcas e nacionalistas de muita saúde (1898-1952)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Milani, Martinho Camargo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-14062017-082204/
Resumo: A presente tese procurou retratar o período da República Velha entre 1898 e 1931. Entender o papel da dependência econômica do Brasil para com um produto: o café; e os constantes endividamentos realizados pela nação para cobrir os constantes rombos orçamentários. Deu-se atenção especial aos empréstimos tomados com instituições estrangeiras, em especial europeias, os denominados funding loans ( 1898, 1914, 1931). Tais condições econômico-financeiras foram combatidas com as políticas recessivas da corrente Metalista. Saneado o país, novos períodos Papelistas se instalavam na economia, metaforicamente como o mito de Sísifo. Nesses ciclos intermináveis, o Brasil passava por profundas transformações socioeconômicas decorrentes da adoção do regime republicano, da abolição da escravidão e da industrialização e urbanização crescentes. Foi nesse contexto que um empresário norte-americano, Percival Farquhar tornou-se um dos maiores empresários da história do Brasil. Construiu um imenso império industrial em atividades como ferrovias, portos, serrarias, frigoríficos e hotéis ( entre outras). Não sem sofrer profunda oposição de nacionalistas e agraristas. Procurou-se por último, demonstrar por meio dos relatórios do ministério da Fazenda entre 1898 e 1915 que, ao contrário do pretendido, foram as políticas Metalistas uma das grandes responsáveis pela industrialização do Brasil. Contra a própria vontade de seus ideólogos. Num Brasil em convulsão e transformação completa as classes dominantes se acomodam em velhos estofados, trocando apenas o couro embrutecido pelo tempo.