Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Juliana Costa de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23154/tde-27082021-094559/
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Resumo: |
A graduação histológica das displasias epiteliais orais (DEO), ainda hoje, é o padrão ouro para predição do potencial de malignização das lesões orais potencialmente malignas (LPM), logo, constitui uma oportunidade única de diagnóstico precoce do carcinoma epidermoide oral (CEO). Evidências mostram que DEOs mais avançadas estão associadas a uma maior probabilidade de transformação maligna, contudo, não é incomum que ocorra em casos com menor número de alterações, causando preocupações com as decisões de tratamento. A maioria das classificações propostas atualmente - incluindo o sistema OMS - seguiram critérios similares àqueles de uso comum para a graduação das lesões epiteliais do colo uterino, fato que carece de justificativas fundadas. O epitélio da mucosa oral não é homogêneo, e está sujeito à diferentes fatores etiológicos, diferenças morfológicas, citológicas, e anatômicas, entretanto, o sistema preconizado considera o envolvimento dos terços epiteliais para a classificação. Diversos trabalhos descreveram as características individuais da displasia, poucos estudos investigaram as relações com o local. A proposta desse estudo foi verificar se há padrões de características no contexto do diagnóstico de displasias epiteliais orais nas diferentes localizações, que poderiam auxiliar no reconhecimento e na uniformidade da classificação dessas lesões de acordo com o sítio. Além disso, foi proposto um novo sistema de graduação das displasias epiteliais orais, aplicado de forma mais objetiva. Foram selecionados 50 casos para cada grupo proposto, de acordo com a localização: gengiva, língua, mucosa jugal, assoalho bucal, palato duro e trígono retromolar, totalizando 300 casos. Cada caso foi graduado no sistema OMS, 2017 e no sistema \"sem displasia/ com displasia, proposto pelo estudo. Os critérios arquiteturais e celulares das displasias também foram analisados, assim como três critérios adicionais: hiperqueratose, inflamação e atrofia epitelial. Não foi encontrada significância estatística (p>0,05) entre as características analisadas os diferentes sítios da cavidade oral, assim como a classificação no sistema OMS. Já no sistema proposto, houve significância, indicando a associação das variáveis (p<0,05). Acredita-se que a utilização de um sistema de graduação mais objetivo como o proposto seria uma ferramenta essencial no tratamento das LPM, associado à melhor compreensão dos aspectos biológicos locais e das características histopatológicas. Apesar da malignização das LPM ser um o evento seja de baixa frequência, o desfecho é catastrófico, logo, deve ser levado em consideração. |