Polarização ocupacional?: entendendo o papel da ocupação no mercado de trabalho brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Flori, Priscilla Matias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-24012008-141954/
Resumo: Este trabalho tem o objetivo de analisar o papel da ocupação no mercado de trabalho brasileiro, procurando identificar seus efeitos sobre o salário e o emprego dos indivíduos e a estrutura salarial da economia brasileira. Apesar de sua importância, esse assunto tem recebido pouca atenção na literatura sobre a desigualdade de renda no Brasil. Na primeira parte desse estudo, faz-se uma descrição dos dados para as seis ocupações que serão utilizadas - dirigentes, profissionais das ciências e das artes, técnicos de nível médio, trabalhadores de serviços administrativos, dos serviços e da produção. Percebe-se que a ocupação que mais emprega é a de trabalhadores dos serviços, porém, também é a que abriga maior quantidade de indivíduos com baixo nível de escolaridade e a que apresenta menor remuneração. Através de uma técnica de decomposição da desigualdade de renda, verifica-se que a ocupação tem um poder explicativo tão alto quanto o da escolaridade. A segunda parte do trabalho analisa o prêmio salarial associado a cada ocupação após controlar por efeitos fixos individuais dos trabalhadores, investigando o que acontece com a variação salarial do indivíduo na medida em que transita entre as ocupações. Os resultados mostram que a ocupação que mais atrai trabalhadores é a de dirigentes e as maiores perdas salariais ocorrem ao se transitar para a ocupação de trabalhadores dos serviços. Dado que a ocupação é importante para explicar a desigualdade, na última parte investiga-se como a estrutura ocupacional do mercado de trabalho brasileiro evolui ao longo do tempo, verificando em que medida a tecnologia pode afetar essa estrutura. Fica evidenciado o crescimento do emprego para ocupações que pagam salários intermediários ou altos. Com esses resultados, conclui-se que a ocupação tem efeitos importantes no mercado de trabalho no Brasil.