Degradação de biossólido incorporado ao solo avaliada através de medidas microbiológicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Fortes Neto, Paulo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20210104-201542/
Resumo: O trabalho, com o objetivo de avaliar as alterações na atividade microbiana e na comunidade de microrganismos de um solo tratado com doses de biossólido, foi desenvolvido em condições de campo na Estação Experimental 1 do Instituto de Pesquisa Florestal da Universidade de São Paulo, numa área com reflorestamento de eucalipto em um Latossolo Vermelho - Amarelo, localizada no município de Itatinga/SP. O lodo foi obtido na estação de tratamento de esgoto da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP), em Barueri /SP. As doses correspondentes a O, 10, 20, 40 e 60 Mg.ha-1 de bissólidos foram aplicadas e distribuídas superficialmente na unidade experimental de 1m2 e, depois, incorporadas a 10 cm de profundidade no sol 9. Em cada unidade experimental foram coletadas 10 subamostras de solo à profundidade de 0-20 cm, antes da adição de biossólidos e, depois, de 30 em 30 dias, após a aplicação de doses de lodo, num período experimental de 240 dias; após as amostragens no campo, os solos foram passados em peneira de malha 2 mm, retirando-se subamostras para determinação da umidade gravimétrica e análise química e microbiológica tais como liberação de CO2, biomassa microbiana, quociente metabólico (qCO2), atividade celulolítica, contagem de bactérias, fungos, amonificadores, formação de N+4 e hidrólise de diacetato de fluoresceína. De acordo com os resultados obtidos, foram observadas diferenças significativas entre as doses de biossólidos e épocas de amostragem, sobre a variação das medidas microbiológicas no solo. De uma maneira geral, o impacto do biossólido sobre a atividade microbiana e os microrganismos do solo somente foi observado nas parcelas que receberam a incorporação de 40 e 60 Mg ha-1 de biossólido. A liberação de CO2, biomassa microbiana, quociente metabólico, porcentagem de celulose degradada e número de bactérias e amonificantes representaram, com maior confiabilidade, a decomposição do biossólido no solo. Essas medidas microbianas foram influenciadas pela mineralização do carbono e nitrogênio, liberação de fósforo, cálcio, cobre, zinco e pela elevação no pH do solo. Já o método de diacetato de fluoresceína hidrolisado não foi eficiente na quantificação da atividade microbiana durante a degradação do biossólido no solo, e o número de fungos foi sensível apenas durante os primeiros 120 dias.