Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Felizardo, Gabrielle |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/87/87131/tde-28112022-114824/
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Resumo: |
A criptococose é uma micose sistêmica de grande importância clínica que afeta principalmente pacientes imunodeficientes. Atualmente, duas espécies distintas se destacam como patógenos em humanos, isto é, Cryptococcus neoformans e C. gattii. No Brasil, a espécie C. neoformans é a mais prevalente e está presente em todas as regiões geográficas, sendo responsável por altas taxas de morbidade e mortalidade entre os imunodeficientes. O tratamento da criptococose é limitado a poucos fármacos e alguma resistência a eles foi relatada. Portanto, pesquisas devem ser realizadas para ampliar o conhecimento a respeito da biologia dessa levedura, visando características que possam ser novos alvos de antifúngicos. Assim, este estudo visa ampliar o conhecimento sobre o processo de autofagia em C. neoformans. A autofagia é um processo de degradação e reciclagem intracelular conservado entre os eucariotos, indispensável na homeostase celular. Várias proteínas participam deste processo e neste trabalho exploramos o papel da proteína Pep4 que é codificada pelo gene PEP4. Em S. cerevisiae, esta proteína é necessária nos estágios finais da autofagia, atuando na maturação e ativação de hidrolases vacuolares. Além disso, esta aspartil protease vacuolar é de grande importância para a sobrevivência celular em condições de privação nutricional e estresse. PEP4 nunca foi estudado em C. neoformans, deste modo, este trabalho teve como objetivo caracterizar o impacto da deleção do gene PEP4 em C. neoformans analisando sua função na composição e modulação dos fatores de virulência do fungo. Os resultados mostraram que com exceção ao aumento na produção de cápsula polissacarídica, a deleção do gene PEP4 não impactou na expressão dos fatores de virulência, no crescimento da levedura frente a diferentes condições de estresses e na sensibilidade aos antifúngicos. Ainda, os resultados mostraram que a expressão do gene PEP4 é modulada pela combinação da mudança na fonte de carbono, estresse térmico e nitrosativo. A ausência da proteína Pep4 resulta na atenuação da virulência do mutante pep4 no modelo animal Galleria mellonella e diminuição da carga fúngica em macrófagos derivados de medula óssea de camundongos BALB/c. Concluímos que a proteína Pep4 de C. neoformans é importante na adaptação e sobrevivência de células de levedura a condições estressantes, bem como na interação patógeno-hospedeiro. |