Alfabetização e Psicologia: um estudo da proposta de reformulação curricular e das práticas de leitura e escrita no Programa Mais Educação São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Teixeira, Hannah Feitosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48138/tde-01062023-112116/
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo compreender a proposta, para a construção do trabalho pedagógico, da política de reorganização curricular e reformulação das práticas de alfabetização preconizadas pelo Programa Mais Educação São Paulo, tendo como eixo de nossa análise a presença da psicologia em sua reorientação teórica e em sua maneira de pensar a educação, seus problemas e o trabalho pedagógico do professor. Entre os anos de 2013 e 2016, o programa municipal em questão assumiu os textos e documentos normativos do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) como orientadores do trabalho de alfabetização na rede. Por isso, para compreender os conceitos, concepções, pressupostos e expectativas que se tinham em torno do trabalho do professor alfabetizador, e a presença da psicologia em suas definições, voltamo-nos aos caminhos próprios assumidos pelo PNAIC na rede. Nosso trabalho de investigação deu-se, primeiro, através da análise dos textos e documentos normativos assumidos pela política pública federal para fundamentar o trabalho pedagógico. Segundo, através da escuta de duas formadoras que estavam à frente da política pública, pois incumbidas da tarefa de implementá-la na rede através de espaços de discussão e formação previstos e pensados pela SME. Nossa análise desse material foi feita tendo como referência autores que se dedicaram a uma redefinição das contribuições da Psicologia à Educação (AZANHA, 2001; CARVALHO, 2001b; LOUREIRO, 1997; PATTO, 2015; 2019; entre outros), isto é, que nos chamam a problematizar a mera transposição feita, pela Pedagogia, de concepções e conceitos psicológicos restritos, já superados no âmbito de uma psicologia crítica, que resultam na descaracterização do contexto escolar. Como resultado, nosso trabalho de pesquisa apontou para as dimensões contraditórias da proposta de reorientação teórica e reformulação das práticas de leitura e escrita defendidas pelo Programa Mais Educação, às quais, fundamentadas em um psicologismo das práticas e no abstracionismo pedagógico, perdem de vista o sujeito em formação escolar, em sua complexidade e relações.