Produção em grande escala do parasitoide Diachasmimorpha longicaudata (Hymenoptera: Braconidae) em larvas hospedeiras de Anastrepha fraterculus e Ceratitis capitata (Diptera: Tephritidae) linhagem mutante tsl-V

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Andrade, Renata Morelli de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-21082013-141117/
Resumo: No mundo todo, o manejo integrado de moscas-das-frutas é feito com associação do controle biológico aplicado e técnica do inseto estéril. Além da boa eficiência no campo, a associação dessas técnicas é também favorecida pelo fato de ambos os organismos, insetos estéreis e parasitoides, poderem ser produzidos massalmente na mesma fábrica com menor custo. Visando à produção massal do parasitoide de moscas-das-frutas Diachasmimorpha longicaudata e de insetos estéreis para atender a programas de manejo integrado de Ceratitis capitata e Anastrepha fraterculus, o presente trabalho foi desenvolvido no Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA), da Universidade de São Paulo, entre os anos de 2006 a 2012. Durante esse período, metodologias de criação em laboratório foram implementadas e permitiram o desenvolvimento da tecnologia necessária para a produção desses insetos em grande escala no Brasil. Dados de 25 gerações do parasitoide produzido em grande escala em C. capitata tsl-Viena 8 e 51 gerações em A. fraterculus, bem como os efeitos e diferenças desses hospedeiros na qualidade do parasitoide foram analisados. É possível criar o parasitoide D. longicaudata em ambos os hospedeiros, C. capitata linhagem tsl-Viena 8 e A. fraterculus, entretanto essa linhagem de C. capitata não é indicada para produção massal do parasitoide, pois a emergência é muito baixa devido à debilidade do hospedeiro, possivelmente acarretada pelas manipulações genéticas que permitem a sexagem da mosca na fase embrionária. Caso essa seja a linhagem com melhor custo/ benefício disponível, recomenda-se o uso de larvas hospedeiras oriundas de ovos tratados termicamente para a produção do parasitoide. A criação em grande escala de A. fraterculus foi estabelecida com sucesso após o período de domesticação da espécie, obtendo-se larvas de boa qualidade com baixo custo, devido à dieta larval com baixa concentração de ágar e total uso de ingredientes nacionais nas dietas de adultos e larvas, por mais de 50 gerações. O uso de larvas irradiadas de A. fraterculus para a produção de D. longicaudata promove maior emergência do parasitoide, com maior quantidade e melhor qualidade de fêmeas que larvas de C. capitata.