Avaliação da participação de diferentes inflamassomas no reconhecimento e no controle da infecção experimental por Legionella longbeachae

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Guerra, Rhanoica Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17147/tde-10062024-092259/
Resumo: As bactérias Gram-negativas, Legionella longbeachae e Legionella pneumophila, podem infectar o homem e causar a doença dos legionários, caracterizada por uma pneumonia grave e, em alguns casos, fatal. Embora as manifestações clínicas das infecções por essas duas bactérias sejam semelhantes, observa-se que L. longbeachae é significativamente mais virulenta e imunologicamente mais silenciosa em murinos, quando comparada à L. pneumophila. A resposta imune frente à infecção por L. pneumophila é bem caracterizada, diferentemente da resposta contra à infecção por L. longbeachae. Um dos mecanismos de defesa do hospedeiro para restringir a replicação bacteriana é a ativação dos inflamassomas, os quais são complexos proteicos multiméricos formados no citosol de células da imunidade inata. Essa ativação desencadeia a liberação de citocinas pró-inflamatórias (IL-1β e IL-18), bem como a morte piroptótica a partir da clivagem de Gasdermina-D (GSDMD). Tem sido demonstrado que L. pneumophila consegue ativar os inflamassomas de NLRP3, AIM2 e, principalmente, NAIP5/NLRC4, após o reconhecimento de LPS e efluxo de K+, dsDNA e flagelina, respectivamente. No entanto, L. longbeachae consegue evadir da ativação do inflamassoma de NAIP5/NLRC4 por não codificar a flagelina. A partir disso, o objetivo deste trabalho foi investigar a ativação dos inflamassomas e sua importância no controle bacteriano durante a infecção por L. longbeachae in vivo e in vitro. Assim, observamos que L. longbeachae ativa os inflamassomas de AIM2 e, sobretudo, de NLRP3 pela via não canônica em macrófagos. No entanto, notamos que as Caspase-1 e -11 são dispensáveis para o controle bacteriano tanto in vitro quanto in vivo. Por outro lado, identificamos uma via crítica para o controle in vivo de L. longbeachae, dependente de GSDMD e da Caspase-8. Nossos resultados fornecem uma melhor compreensão dos mecanismos imunológicos pelos quais medeiam a eliminação da L. longbeachae.