Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Manin, Graziele Zenaro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17147/tde-21052014-153321/
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Resumo: |
A doença dos legionários consiste em uma broncopneumonia severa e atípica, que acomete de 2 a 7% das pessoas infectadas com Legionella spp e que apresenta taxa de mortalidade que varia de 5 a 30%, sendo considerada uma importante causa de morbidade e mortalidade mundial. A patologia causada pela espécie L. pneumophila tem sido amplamente estudada em modelos experimentais e suas características clínicas foram extensivamente descritas. No entanto, este modelo não representa adequadamente a doença que acomete seres humanos, pois L. pneumophila não é letal aos camundongos como é para humanos. Recentemente, uma nova espécie de bactéria do gênero Legionella, denominada Legionella longbeachae, foi descrita como importante agente de doença dos legionários em países do hemisfério sul. A pneumonia induzida por L. longbeachae em humanos não difere da induzida por L. pneumophila. No entanto, L. longbeachae é letal para camundongos em doses baixas, o que torna esse modelo murino de doença dos legionários mais fidedigno ao que ocorre com humanos. Com a acentuada mudança dos hábitos de nossa sociedade, há o aumento do número de pessoas com fatores que predispõe a doença, como idade elevada ou tratamento imunossupressor. Assim, entender melhor a relação patógeno-hospedeiro no curso da doença dos legionários por meio da utilização de um modelo experimental adequado é importante para a descoberta de novos meios de combater este patógeno. Neste trabalho, geramos uma cepa de L. longbeachae mutante para rpsL, que se torna resistente à estreptomicina. Essa cepa pode ser utilizada para infecções in vivo nas quais a quantificação da CFU foi estimada em placas contendo antibiótico, o que culmina em maior eficiência experimental e menor quantidade de contaminações. Essa cepa foi utilizada em experimentos in vivo para avaliar os componentes do sistema imune que operam na resistência diante de uma dose letal bacteriana administrada pela via intranasal. Demonstramos que camundongos deficientes para as citocinas IFN ou TNF e para o receptor de quimiocinas CCR2 são mais susceptíveis à infecção do que os camundongos selvagens. No entanto, camundongos deficientes para o receptor de quimiocinas CCR5, para o receptor de IL-17, para a citocina IL-6 ou para o receptor citoplasmático NOD2 são mais resistentes à infecção quando comparados com animais selvagens. A descoberta destas moléculas em um modelo de infecção letal in vivo ressalta a importância de alguns componentes da imunidade para a resistência durante a doença dos legionários experimental e possíveis alvos terapêuticos para essa doença. |