Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Fortuna, Cinira Magali |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-31032005-114033/
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Resumo: |
Esta é uma pesquisa cartográfica que conta a análise e intervenção institucional produzidas com trabalhadores de saúde de uma Unidade Básica do município de Ribeirão Preto que também dispõe de trabalhadores do Programa de Saúde da Família. Propõe-se a delimitar as linhas em produção molares, moleculares e de fuga, os marcos" acerca do trabalho produzido na Unidade e também da produção da equipe de saúde nesse cotidiano. O referencial teórico metodológico utilizado é o da análise institucional, especialmente da linha esquizoanalítica. O método é o da bricolagem em que diversos objetos, idéias, fragmentos de texto de autores de diferentes orientações teóricas são colocados lado a lado sem a pretensão da permanência ou da totalidade. A intervenção teve por norte a produção da auto-análise e da auto-gestão. Realizamos encontros grupais semanalmente, ora no período da manhã, ora à tarde, para facilitar a participação voluntária dos trabalhadores. Os encontros grupais foram gravados, transcritos e analisados. A equipe é definida como máquina a ser construída desmontando referências da totalização e da equipe grande-família, raspando superfícies de registro e controle. Na equipe é necessário que ocorram distintas articulações de saberes e fazeres para a produção de cuidados diferenciados para os usuários e para as famílias, uma vez que suas necessidades são diferentes. Daí a terminologia engenhoca mutante: uma permanente produção e que pode ser agenciada pela supervisão externa. Construímos três territórios de análise: Agenda, Paranóia e Aprenderes. Em cada território buscamos demarcações, ares, levezas, pesares, afetos... Agenda traz o modo como os trabalhadores se relacionam entre si e com a população para incluir ou excluir os usuários do serviço. O imprevisto próprio do trabalho em saúde faz os trabalhadores procurarem as certezas, as lógicas instituídas como o número de vaga por trabalhador médico, e resulta em diversos contornos e delineamentos no trabalho. Paranóia desenha as relações dos trabalhadores, traz momentos de resistência à mudança e de crise da equipe. Aprenderes conflui as possibilidades de transversalizar a equipe pelo seu encontro com o trabalhador agente comunitário de saúde, alguns aprendizados da própria equipe sobre si mesma, sobre o trabalho e ainda aprendizagens da equipe de análise e intervenção. |