Autocontrole em escolha profissional: efeitos da origem do reforçador e do aumento no intervalo de tempo para escolher

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Farias, Ana Paula Hornos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-12092023-144641/
Resumo: Escolhas em alternativas conflitantes são encontradas no cotidiano financeiro das pessoas, entre reforçadores de curto prazo de menor magnitude (e.g. dinheiro rápido e fácil por meio de investimentos financeiros não mesurados) e reforçadores de longo prazo com maior valor (e.g. dedicação na análise de investimentos e/ou na atividade profissional escolhida). O presente trabalho estudou escolhas de carreiras a partir de conhecimentos da Psicologia, em análise do comportamento e da Economia, sobre efeitos de atraso e o tipo de reforçador envolvido em situação de escolha: remuneração, atividades preferidas (vistas como habilidades empenhadas), status (reconhecimento social) e contribuição. O delineamento desta pesquisa foi intra-sujeitos. 22 participantes, na faixa etária entre 21 e 55 anos de idade, foram convidados a responder duas vezes ao mesmo questionário estruturado contendo dezesseis perguntas, com intervalo de seis horas entre o primeiro e o segundo envio. Como resultados da pesquisa, respostas autocontroladas foram favorecidas para intervalos maiores, apontando desvalorização do valor das opções pelo atraso no tempo, em linha com modelos da psicologia experimental. Quando introduzido o tempo de 6 horas para escolher, resultados foram similares com achados de Rachlin e Green (1972) sobre autocontrole, pois houve aumento na incidência de respostas autocontroladas, em 3 dos domínios: remuneração, atividades preferidas e contribuição (sendo 2 últimos com variação estatisticamente significativa). Adicionalmente, a plotagem dos dados obtidos apontou um perfil exponencial de respostas, diferindo do modelo de função hiperbólica de desconto (Rachlin, et al., 1991). Dada a tendência de crescente instabilidade aos quais indivíduos estão sujeitos e aumento de reforçadores condicionados generalizados de curto prazo oferecidos pelo mercado, espera-se que esta pesquisa contribua com caminhos para análise comportamental aplicada a respeito de escolhas profissionais autocontroladas, com reforçamento de magnitude maior no longo prazo.