Influência dos polimorfismos do gene da Perilipina1 (PLIN1) no  risco de síndrome metabólica e na perda de peso em crianças e adolescentes obesos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Deram, Sophie Marie Michèle
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5135/tde-22092010-113757/
Resumo: Introdução: Perilipina, a proteína mais abundante no adipócito, tem um papel importante na regulação da lipólise intracelular. Polimorfismos genéticos no lócus da perilipina1 (PLIN1) foram estudados e associados à obesidade e aos riscos de alterações dos fatores da síndrome metabólica (SM) em populações diferentes. Objetivo: Avaliamos crianças e adolescentes obesos (CAO) antes e após tratamento multidisciplinar com reeducação alimentar e estímulo à prática de atividade física, por um período de 20 semanas. Estudamos a associação entre SNPs (Polimorfismos de um Único Nucleotídeo) e dados antropométricos e metabólicos, como também a resposta à perda de peso após a intervenção. Metodologia: Foram avaliados 234 CAO (idade 10,6±1,3 anos) (IMC 30,4±4,5 kg/m2; ZIMC 2,31±0,28). As genotipagens dos SNPs PLIN1* 6209T>C, PLIN4* 11482G>A e PLIN6* 14995A>T foram realizadas através de PCR em Tempo Real. A ingestão alimentar foi calculada pelo método de registro da ingestão de três dias. O SM foi avaliado pelos critérios do IDF. Resultados: As freqüências dos alelos PLIN1*, 0,48; PLIN4*, 0,30 e PLIN6*, 0,26 foram semelhantes às outras populações; PLIN1* e PLIN4* mostraram um desequilíbrio de ligação (DL) (D=0,999, r=0,67). Antes da intervenção, não houve diferenças nas medidas antropométricas, porém a presença do alelo A no PLIN4 foi associada a triglicérides mais elevados (111±49 x 93,9±42,5 mg/dL P= 0,003), HDLC mais baixo (40±9 x 43,6±10mg/dL P=0,003) e HOMA-IR maior (4,0± 2,3 x 3,5±2,1 P=0,015). A presença do alelo A no PLIN4* associou-se a um risco relativo maior de ter SM (ajustado por idade e sexo: 2,4 (95% Intervalo de confiança: 1,1-4,9) para heterozigoto e 3,5 (95% Intervalo de confiança: 1,2-9,9) para homozigoto. Os resultados do PLIN1* foram semelhantes devido ao DL. Após intervenção, a presença do alelo T no PLIN6* foi associada a uma resposta melhor na perda de peso (3,3±3,7 x 1,9±3,5 kg; P=0,002) e uma maior perda de ZIMC (0,23±0,18 x 0,18±0,15; P=0,01). Discussão: Este estudo mostrou a influência da presença do alelo A no PLIN4* sobre o risco de ter SM em crianças e adolescentes obesos similares em termos antropométricos e de ingestão alimentar. Foi mostrado também que a presença do alelo T no PLIN6* influencia uma melhor resposta de perda de peso durante intervenção multidisciplinar. Conclusões: Os resultados sugerem que os polimorfismos da Perilipina têm influência nas co-morbidades associadas à obesidade e podem ajudar nas estratégias aplicadas no tratamento multidisciplinar em crianças e adolescentes obesos