Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Fréo, Bianca |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23139/tde-09042009-120646/
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Resumo: |
A Síndrome de Ardência Bucal (SAB) caracteriza - se por sensação de ardor, com ausência de sinais clínicos ou laboratoriais associados. A etiopatogenia é desconhecida, inexistindo protocolo terapêutico satisfatório. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia da aplicação tópica de capsaicina, como alternativa terapêutica, em um grupo de pacientes portadores da SAB, além de investigar, nessa população, indicativos de ansiedade e depressão, correlacionando estes últimos aspectos com a resposta à terapêutica aplicada. Constituiu-se um grupo de vinte indivíduos portadores da síndrome, todos de acordo com os termos do consentimento esclarecido. Quinze sujeitos constituíram o grupo teste (GT) e foram tratados com capsaicina, em aplicações diárias, durante três semanas, repetindo-se o ciclo por quatro semanas após uma semana de intervalo. O grupo controle (GC) foi tratado com o creme base utilizado como veículo da capsaicina, durante o mesmo período. Ambos foram controlados após 30 dias do término da medicação. A evolução dos sintomas foi controlada por escala visual de sintomatologia (EVS) e questionário acerca do efeito global percebido (EGP). A intensidade média do sintoma de ardência antes do início dos ciclos de tratamento, mensurado pela EVS, foi de 5,1 (GT) e 4,4 (GC). Ao final da quarta semana o GT mostrou redução dos sintomas (EVS=3,6), enquanto o GC declarou aumento da sintomatologia (EVS=4,8). No GT, entre a quarta e a oitava semana houve redução dos sintomas da ordem de 8,3%, e entre a oitava e a décima segunda semana observou-se aumento de 13,5% da sintomatologia. No GC houve 22.8% de piora (EVS=5,75) entre o início e a décima segunda semana. Ao EGP houve pelo menos algum alívio do sintoma em seis pacientes (40%) do GT e em um paciente do GC (20%). Quatro pacientes (26,6%) reportaram remissão total do sintoma após tratamento com capsaicina e um paciente (20%) do controle. Para três pacientes do GT e dois do GC não houve modificações do sintoma. Houve relato de piora em dois pacientes (13,3%) do GT e um (20%) do GC. Oito pacientes do GT apresentaram alto nível de ansiedade e sete níveis médios. No GC um paciente apresentou nível baixo, três mostraram valores médios e um classificou-se como alto. Ao CES-D valores indicativos de depressão foram registrados por dez pacientes (66,6%) do GT e 40% (02) do GC. Concluímos que a capsaicina apresentou efetividade no controle da sintomatologia da SAB, parecendo haver correlação com a intensidade inicial de sintomas e manutenção do uso do medicamento. Além disso, houve correlação entre alto nível de ansiedade e indicativos de depressão, embora não se tenha percebido influência destes aspectos sobre a resposta terapêutica. |