Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Chebel, Inês Fugitaro Otobe |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23139/tde-13042013-093941/
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Resumo: |
A síndrome da ardência bucal (SAB) é definida como uma sensação de queimação principalmente na língua, palato e ou gengiva ou em outra região da mucosa oral, na ausência de lesão oral específica. Caracterizada por uma contínua, espontânea, e intensa sensação de queimação como se a boca ou a língua tivessem sido escaldadas. A etiologia é pobremente compreendida embora nova evidências como neurológicas, emocionais e alterações hormonais estejam relacionadas com a SAB. É mais comum entre as mulheres na pós-menopausa e causa intenso desconforto e sofrimento. Antidepressivos tricíclicos, benzodiazepínicos e drogas antipsicóticas são as opções mais indicadas no tratamento e mostraram resultados variáveis. O objetivo desse estudo foi investigar a ação do tratamento homeopático na sintomatologia da ardência bucal em duas fases: estudo duplo-cego placebo-controlado e estudo aberto. Associados à SAB, níveis de ansiedade e depressão também foram considerados. Esse estudo foi composto por 31 pacientes diagnosticados com SAB na Clinica do Departamento de Estomatologia da FOUSP, entre julho de 2011 a setembro de 2012. Estes (25 mulheres, e 6 homens média de idade de 58,93 anos, variação 34-85 anos), foram randomizados em dois grupos G1(Arsenicum album) e G2 (Placebo), durante 90 dias, com washout de 30 dias (FASE1). O sintoma ardor bucal e a resposta terapêutica foram avaliadas utilizando uma escala visual de sintomatologia (EVS) a cada visita. Para se avaliar o Efeito global percebido (EGP), utilizou-se uma escala de 5 pontos ao término da FASE 1. O nível de redução sobre o sintoma ardor avaliado pela EVS e o efeito Global percebido (EGP) foram estatisticamente significantes para o grupo G1(Arsenicum album) com redução de sintoma de 44,50% em relação ao placebo (12,65%). Na FASE 2 (estud0 aberto), 28 pacientes que participaram da FASE 1, receberam medicamento homeopático individualizado durante 7 meses, com visitas mensais e Washout de 60 dias. O sintoma ardor e resposta terapêutica foram avaliados utilizando (EVS) inicial obtido ao final da FASE 1, e no final da FASE 2. Houve redução de sintomas no final do tratamento de 64,60%. A análise dos dados nos permitiu concluir que ambos os tratamentos FASE 1 e FASE 2 tiveram efeito terapêutico com significância estatística. Houve efetividade do tratamento homeopático sobre o placebo na sintomatologia da ardência bucal. A FASE 2 apresentou melhores resultados quando comparados aos resultados obtidos na FASE 1. O Grupo Medicamento da FASE 2 foi mais eficaz quando comparado aos Grupos, Medicamento e Placebo da FASE 1, com significância estatística no intervalo de confiança estabelecido. Os melhores resultados foram observados nos pacientes com sintomas entre 6 - 36 meses. |