Avaliação de risco agudo à exposição dietética a resíduos de agrotóxicos em tomate

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Santa Cruz, Lucas Monteiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-13052024-092952/
Resumo: A utilização de agrotóxicos ao redor do mundo é elevada, estimada em mais 2 milhões de toneladas e somente o continente americano emprega 1,2 milhão de toneladas de produtos. O Brasil possui na agricultura a sua principal atividade econômica e utilizou em 2021 aproximadamente 700 mil toneladas de agrotóxicos. O tomate é um dos vegetais mais cultivados e consumidos no mundo e o Brasil figura como o 10º maior produtor. O consumo anual médio de tomate do brasileiro é de 4,2 kg, é um vegetal nutritivo e com propriedades associadas à prevenção de câncer. O tomate é uma das culturas com maior uso de agrotóxicos e durante o período desse estudo, era autorizado o uso de 123 agrotóxicos. Os resíduos desses produtos nos alimentos podem acarretar em diversos problemas à saúde, mesmo em curta exposição (< 24h). Desse modo, uma das maneiras de garantir a segurança alimentar da população é a realização da avaliação de risco de contaminação dietética. No processo de validação 73 ingredientes ativos respeitaram os critérios do protocolo adotado. Para a realização da estimativa de risco de exposição dietética aguda, foram coletadas 30 amostras de tomate in natura e 11 de tomate pelado, entre setembro de 2021 e março de 2022. Para a extração dos compostos de interesse foi utilizado o método QuEChERS e para avaliação dos resíduos, a cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas. Das amostras de tomate in natura, somente seis (20 %) estavam isentas dos compostos pesquisados; 18 (60 %) apresentaram resíduo(s) abaixo do limite (LMR) estabelecido e seis amostras (20 %) foram consideradas impróprias ao consumo. Das amostras de tomate pelado, três estavam isentas dos agrotóxicos pesquisados e oito (72 %) apresentaram resíduo de carbendazim abaixo do LMR. Nenhuma das amostras mostrou potencial de contaminação aguda por agrotóxicos, apesar disso não é possível afirmar que não há risco, pois não há como estimar os potenciais efeitos adversos provenientes do consumo de um alimento com múltiplos compostos.