Avaliação da contaminação de tomate hidropônico com agrotóxicos por cromatografia líquida de alta eficiência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Monteiro, Carolina Faria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Agroquímica analítica; Agroquímica inorgânica e Físico-química; Agroquímica orgânica
Mestrado em Agroquímica
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2141
Resumo: Na cultura hidropônica a ocorrência de doenças e pragas acontece em menor proporção quando comparada ao cultivo convencional. Mesmo que a incidência de doenças e pragas seja menor, não é descartada a utilização de agrotóxicos nesta cultura. Por este motivo, estudos envolvendo a avaliação da contaminação com agroquímicos em uma cultura hidropônica são relevantes. No presente trabalho, uma cultura de tomate hidropônico localizada na região de Viçosa-MG foi avaliada quanto à contaminação por agrotóxicos, tal avaliação foi realizada utilizando cromatografia líquida de alta eficiência com detector UV-Vis (CLAE-UV-Vis) e espectrofotometria de absorção atômica, respectivamente. Os agrotóxicos aplicados nesta cultura foram: Vertimec 18EC®, Belt® e Supera®, que têm como princípios ativos abamectina, flubendiamida e hidróxido de cobre, respectivamente. Para a extração dos agrotóxicos, flubendiamida e abamectina, das amostras de tomate foi adaptado o método de extração sólido-líquido com partição em baixa temperatura (ESL-PBT), o protocolo experimental do método foi avaliado abrangendo os seguintes parâmetros de desempenho analítico: seletividade e efeito de matriz, linearidade de resposta do método, limite de detecção, limite de quantificação, veracidade/recuperação e precisão (repetitividade e precisão intermediária). Os resultados obtidos mostraram que o método ESL-PBT e a subsequente análise por CLAE-UV-Vis foram eficientes para a extração e análise dos agrotóxicos de interesse. Entretanto, os limites de detecção foram de 0,56 e 0,72 mg/kg para a flubendiamida e abamectina, respectivamente. Estes são maiores do que o LMR (limite máximo de resíduos) dos princípios ativos, que para a flubendiamida é igual a 0,10 mg/kg e para a abamectina é igual a 0,01 mg/kg. O método validado foi utilizado para o monitoramento dos níveis de contaminação do tomate hidropônico no período de novembro de 2011 a junho de 2012. Durante o período de monitoramento não foi detectada a presença destes agrotóxicos nas amostras. Na avaliação do teor de cobre (II), as mesmas amostras foram submetidas à digestão seca, na qual as cinzas obtidas foram diluídas em HNO3 1 mol/L. A solução obtida foi analisada em um espectrofotômetro de absorção atômica em chama. As concentrações de cobre (II) obtidas ficaram entre 0,45 e 1,71 mg/kg do fruto, concentrações estas que ficaram abaixo do limite máximo permitido, que é de 10 mg/kg. Desta forma, pode-se dizer que os tomates hidropônicos estão livres de contaminação, tanto nos níveis dos limites de detecção obtidos na validação do método quanto ao teor de cobre (II) encontrado.