Processos de produção de subjetividade sobre infância e práticas pedagógicas de professoras da educação infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Barbosa, Natasha Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59142/tde-28072020-093612/
Resumo: A presente pesquisa tem como objetivo compreender a concepção de criança e de infância pela qual os professores da Educação Infantil se orientam em suas atividades educativas cotidianas e obter relatos sobre vivências relativas ao tema. Alguns autores apontam que é importante compreender o contexto da educação infantil, considerando a criança enquanto ser social produtor de cultura e favorecer a reflexão sobre as práticas educativas na educação infantil para que a escola possa ser um espaço que promova a expressão da cultura infantil. Participaram deste estudo nove professoras atuantes nas escolas municipais de Educação Infantil de uma cidade do interior paulista. Através do emprego da abordagem qualitativa, foram feitas entrevistas cartográficas com cada professora. As entrevistas foram audiogravadas e transcritas na íntegra. A análise de dados foi realizada a partir das contribuições da Pesquisa na Cartografia. Os dados foram organizados no formato de estudo de casos, por este dar maior visibilidade às singularidades de cada entrevistada. As concepções apresentadas pelas professoras revelam uma multiplicidade de formulações; mais do que teorias pensadas e modelizadas, as concepções produzidas nas entrevistas com as professoras resultam de vivências, experiências e afetos ocorridos ao longo de suas formações e experiências profissionais, que, em geral, eram bastantes extensas. Pode-se observar ainda como o plano dos desejos atravessa o papel da docência, pois no que revelaram pensar sobre educação, sobre a prática pedagógica, a infância e a criança, as professoras parecem estar em dissonância com o que vivem e sentem, as processualidades, especialmente, foram momentos de revelação do sofrimento, estresse e cansaço que suas ocupações lhes provocam. Desse modo, o convite da pesquisa para olhar a singularidade de cada professora pode favorecer a observação dos movimentos de transformação que vão perpassando a construção do ser docente de cada professora fornecendo pistas que podem contribuir para orientar os psicólogos em relação a formação continuada dos professores.