Contribuições ao estudo da interação solo-estrutura em encontros de pontes.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Spricigo, Vinícius Moraes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3144/tde-22022022-103233/
Resumo: Encontros de pontes são estruturas de geometria variada, que dão suporte às superestruturas nas extremidades, ao mesmo tempo em que contêm os aterros de acesso. Incluem uma gama de concepções estruturais, sistematizados neste trabalho dentre 6 tipos principais. A revisão bibliográfica permitiu observar a prática construtiva de encontros no Brasil, em relação ao panorama internacional, os defeitos típicos, que geram problemas de desempenho dos quais pode-se destacar a formação de um desnível nas aproximações e a ocorrência de erosão hídrica junto às fundações e os critérios de projeto dessas estruturas, para investigar aspectos particularmente aplicáveis à análise da interação solo-estrutura (ISE) em encontros. Realiza-se então a revisão dos métodos e técnicas de modelagem que consideram essa interação, a fim de avaliar sua aplicação ao estudo de caso de um encontro leve sobre fundações profundas. Para representá-lo foi concebido um modelo tridimensional de elementos finitos com representação do solo por molas de Winkler não lineares (curvas p-y). Numa primeira análise, verificou-se que o encontro fica a maior parte do tempo sujeito a um estado de empuxo entre o ativo e o repouso, e que seus deslocamentos são toleráveis, segundo limites dados por requisitos funcionais. A partir da aplicação de forças longitudinais progressivas, observou-se que a flexibilidade do encontro não foi desprezível em relação à dos aparelhos de apoio, alterando em até 35% a rigidez total do conjunto. Noutro cenário, avaliaram-se os efeitos de grupo nas fundações profundas carregadas transversalmente, ao que foi possível observar acréscimo de 55,9% nos deslocamentos e até 44,8% nos esforços fletores das estacas, quando tais efeitos são considerados. Dentre as dificuldades da aplicação do método estão a consideração da não-linearidade física das estacas e a seleção de um modelo de curvas p-y adequado. Por fim, o encontro foi analisado a partir de um modelo 3D de meio contínuo, que validou resultados prévios, com destaque para os deslocamentos e efeitos de grupo, e permitiu observar as vantagens e desvantagens de cada método