Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Alarsa, Cecilia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-09122019-174640/
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Resumo: |
O modo de vida estabelecido no planeta depende dos recursos naturais e dos benefícios por eles ofertados. As transformações humanas nos sistemas naturais se intensificaram no século XX e inúmeras estratégias de proteção foram desenvolvidas e propostas no campo científico e institucional. Os serviços ecossistêmicos surgiram neste movimento e visam à identificação da capacidade de suporte dos estoques do capital natural em relação às necessidades e benefícios associados ao ser humano e respectiva capacidade de recuperação do sistema, esta apontada como uma cascata de processos interligados. Desde a década de 80 vem sendo discutidos os conceitos dos serviços ecossistêmicos, considerando-se sua natureza e respectiva monetarização nas áreas da economia ambiental e ecológica. Em linhas gerais são considerados Serviços Ecossistêmicos o que os ecossistemas produzem para o bem estar humano e para a manutenção da qualidade de vida, sendo que o serviço não existe sem a necessidade do bem estar, o que não significa necessariamente ter a preservação da natureza. Um marco sobre o assunto foi o documento da Avaliação Ecossistêmica do Milênio (2005), referindo-se à avaliação do estado de degradação, tendências e prioridades de proteção dos ecossistemas. Por meio de uma revisão bibliográfica sobre os Serviços Ecossistêmicos, o objetivo desta dissertação foi a avaliação de como os aspectos do meio físico, no âmbito da geografia física, são abordados na área do conhecimento dos serviços ecossistêmicos (SE), destacando-se o cenário sobre o assunto principalmente no Brasil. Duas fragilidades acompanham o saber sobre este tema: (i) a diferenciação de conceitos e metodologias, onde as aplicações variam de acordo com o objetivo de cada estudo e/ou pesquisa e (ii) as lacunas entre as interações das funções ecossistêmicas incluindo aspectos do meio físico dentro do cenário dos Serviços Ecossistêmicos. Foi observado que as variáveis e métodos aplicados utilizam os aspectos do meio físico se assim forem apontados nas demandas pelos serviços ecossistêmicos. Considerando que os ecossistemas são a interação entre os fatores bióticos e abióticos, e que as funções ecossistêmicas integram aspectos dos meios físico, biótico, socioeconômico e cultural, observa-se a importância de considerar os aspectos do meio físico em relação aos processos de dinâmica superficial no cenário dos Serviços Ecossistêmicos, perante os vetores de mudanças, nas diferentes escalas espaciais e temporais, visando à manutenção da qualidade ambiental e de vida em médio e longo prazos. Nesse contexto, compreendeu-se que a definição de unidades de paisagem poderia colaborar na avaliação dos serviços ecossistêmicos de forma integrada. Definindo-se neste caso unidade de paisagem como base territorial fisiográfica com seus atributos ambientais e culturais associados (ABREU, 2017). A base fisiográfica como um sistema com delimitação física, constituído pelos aspectos do meio físico e as respectivas susceptibilidades aos processos de dinâmica superficial, características internas e externas interligadas e interdependentes entre si, incluindo os fluxos em lateralidade, horizontalidade e verticalidade, poderia evidenciar a organização dos atributos no espaço em um conjunto que denote seu funcionamento na situação atual e nas tendências de futuro, e dessa forma constituir uma base física estruturada para os Serviços Ecossistêmicos. |