Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Dias, Terezinha Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7136/tde-07052009-084021/
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Resumo: |
A Reforma Psiquiátrica é um processo de transformações que vem inquietando os profissionais da área da Saúde e alguns seguimentos da sociedade. Isto porque, as transformações paradigmáticas que estão ocorrendo no campo da saúde mental pressupõem a presença de profissionais com uma postura inovadora e criativa para desenvolverem no cotidiano práticas que concretizem a proposta de desinstitucionalização. No Paraná, continua sendo um desafio: para as universidades, o desafio é a formação de profissionais com uma concepção do novo paradigma que se comprometam com o processo; para os gestores, o entendimento do processo priorizando ações de assistência à saúde mental e, para os profissionais, a tenacidade em insistir na efetivação, apesar das adversidades. Na região oeste do Estado, a mobilização para implantar a reforma intensificou-se nos últimos cinco anos com o fechamento de um dos hospitais da região e a criação de novos dispositivos de atenção à saúde mental. Nesse contexto, os enfermeiros deparam-se com o desafio de refletir sobre seus conceitos e sua atuação profissional. O presente estudo buscou conhecer a concepção dos enfermeiros sobre o processo da Reforma Psiquiátrica e o seu cotidiano nesses serviços. Ao ser considerada a complexidade do momento, foram elencados dois objetivos: descrever a prática cotidiana dos enfermeiros nos serviços de assistência à saúde mental na região oeste do Estado do Paraná; relacionar e analisar a prática destes enfermeiros com as propostas da Reforma Psiquiátrica. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com a estratégia metodológica do Discurso do Sujeito Coletivo. A investigação foi por meio de entrevista semi-estruturada, com treze enfermeiros, compreendendo a totalidade destes profissionais nos serviços de saúde mental da região no período de agosto de 2006 a janeiro de 2007. O conteúdo deu origem a 17 Discursos do Sujeito Coletivo, que apontaram para oito temas geradores de significações: qualidade de vida, envolvimento profissional/social, necessidade de mudanças na maneira de conduzir o processo, a estrutura da rede de atenção psicossocial, cuidado de enfermagem nos serviços de atenção psicossocial, a família e o processo terapêutico, recursos humanos na atenção psicossocial. Os discursos evidenciaram o acompanhamento crítico do processo da Reforma Psiquiátrica e convergiram com a idéia de que a proposta significa qualidade de vida para os pacientes. A prática cotidiana dos enfermeiros acontece essencialmente na sede do serviço e as ações desenvolvidas são: acolhimento, trabalho com grupos de pacientes e família, monitoramento de oficinas terapêuticas e orientações, sendo esta última a mais mencionada. Percebeu-se que, em concomitância com os esforços dos enfermeiros nas transformações dos serviços de saúde mental, ainda permeiam alguns argumentos próprios do modelo biomédico |