Análise da atenção em saúde bucal sob a ótica do sistema de informação da atenção básica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Matos, Patricia Elizabeth Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25144/tde-10102014-144648/
Resumo: No começo do século XXI o Brasil iniciou mudanças importantes para o desenvolvimento de políticas de saúde bucal voltadas para necessidade da população brasileira, até então negligenciadas. A inserção das equipes de saúde bucal (ESB) na Estratégia de Saúde da Família (ESF) e a Política Nacional de Saúde Bucal constituíram-se importantes medidas em busca da transformação e do avanço das ações de saúde bucal no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Contudo, configura-se a necessidade em estabelecer uma estratégia de Vigilância em Saúde Bucal, com a institucionalização de meios de monitoramento e avaliação, através da inclusão de alguns indicadores de saúde bucal na atenção básica do SUS. Este estudo tem o propósito de fazer uma análise da saúde bucal no Brasil, a partir da coleta de dados secundários oficiais de 27 capitais brasileiras, disponíveis no Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB), no período entre 2012 e 2013. Trata-se de um estudo do tipo ecológico de caráter descritivo, onde foram calculados indicadores de saúde, como cobertura estimada de equipes de saúde bucal na Estratégia de Saúde da Família, e alguns indicadores de saúde bucal da Atenção Básica, que neste caso, devido a falhas no SIAB, a análise ficou restrita a 18 capitais. Os resultados mostraram grande variação na cobertura de ESB da ESF, de 1,23% (Belém) em 2012 a 87,68% (Teresina) em 2013. E em se tratando da análise dos indicadores de saúde bucal na Atenção Básica das 18 capitais, a média da ação coletiva escovação dental supervisionada foi 30,13% em 2012, e 29,03% em 2013; a cobertura média da primeira consulta odontológica programática foi de 10,35% em 2012, e 11,27% em 2013; e a média de atendimentos de urgência odontológica por habitante foi a mesma (0,03) em 2012 e 2013. Já o indicador que mede a capacidade do serviço em concluir os tratamentos odontológicas iniciados, o pior resultado foi encontrado em João Pessoa (0,06 e 0.11) e o melhor em Palmas (0,79 e 0,74); enquanto que a média de instalações de próteses dentárias foi baixa em todas as capitais, sendo as maiores (0,06) em João Pessoa e Campo Grande, no ano de 2012. No geral, houve pouca variação dos indicadores entre 2012 e 2013. A identificação de problemas na obtenção e registro de dados no SIAB compromete a utilização dos indicadores, e interfere na produção de informações consistentes e confiáveis que permitam a análise da atenção em saúde bucal no país.