Requisitos ambientais no mercado de soja brasileiro: descrição e avaliação de impacto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Soares, Aline Fernanda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-23012017-134447/
Resumo: A soja vem se destacando como proteína vegetal e seu consumo deve aumentar nos próximos anos, acompanhando a tendência geral de demanda crescente por alimento. No entanto, o aumento da oferta de soja, assim como de outros produtos agrícolas, pode gerar impacto negativo para o meio ambiente, o que levanta uma série de preocupações sobre este setor, exigindo resposta dos agentes da cadeia produtiva de soja para que essas preocupações não se tornem restrições de demanda e altere os padrões de comércio. Este estudo foi estruturado em formato de artigos científicos, trazendo, no primeiro deles, uma análise qualitativa e crítica das iniciativas do setor sojicultor para atender aos novos paradigmas relacionados aos requisitos ambientais, e, particularmente, aqueles impostos pelo mercado internacional. O conjunto de iniciativas realizadas pelo governo brasileiro, quer seja pelos agentes da cadeia, governo ou organizações não-governamentais, tende a se complementar, contribuindo para uma proteção mais efetiva do meio ambiente. A Moratória da Soja não conseguiu diminuir a ocupação da soja em áreas desflorestadas dos estados do Mato Grosso, Pará e Rondônia, situados no bioma Amazônia; mas o avanço foi muito pequeno, principalmente quando comparado ao que ocorreu nas áreas em que a Moratória não incide, como é o caso do cerrado mato-grossense e de MATOPIBA. O programa Soja Plus, além de preencher a lacuna do governo brasileiro em extensão rural, abrange elementos tão relevantes quanto a conversão de vegetação, como o uso responsável de herbicidas. O segundo artigo apresenta uma análise empírica, visando quantificar o impacto dos requisitos ambientais nas exportações do complexo soja. Os resultados da equação gravitacional, estimada para o período de 1993 a 2014, tendo como variável dependente as exportações de soja em grão, farelo e óleo de soja dos três maiores exportadores do complexo soja, Brasil, Estados Unidos e Argentina, indicam que a queda na razão de decoupling, variável proxy do meio ambiente, impacta positivamente as exportações do complexo soja. Isto comprova a tese de Porter e Linde de que é possível produzir de forma ambientalmente correta e aumentar a competitividade no mercado internacional.