Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Franca, Suely Maria Santos da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-09112016-155425/
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Resumo: |
A dor crônica traz sérias repercussões à vida das pessoas, comprometendo seu bem-estar em diferentes dimensões e levando a um comprometimento da saúde com risco de doença como a depressão, trazendo ansiedade, estresse e medo, usualmente associados à dor crônica, modificando a qualidade de vida da pessoa e contribuindo para o surgimento de diferentes patologias. Nessa investigação foram abordadas algumas questões relativas aos efeitos de uma dor persistente produzidos no âmbito físico e emocional de 33 mulheres, na faixa etária de 20 a 79 anos, de vários níveis socioeconômicos. O objetivo geral desta pesquisa foi compreender o impacto do adoecimento físico e emocional em mulheres com diagnóstico clínico de dores crônicas e os objetivos específicos propostos para essa investigação foi conhecer as modalidades de enfrentamento utilizadas pelas mulheres na vivência com a dor crônica; identificar crenças intermediárias (estratégias para lidar com a dor); investigar se distorções cognitivas (pensamentos vinculados a interpretações negativas da realidade) contribuem ou não para o surgimento e manutenção da dor; verificar a existência de pensamentos catastróficos em mulheres com dores crônicas. O método envolveu abordagem qualitativa e quantitativa, no enfoque cognitivo comportamental, utilizando como modalidade as histórias de vida. Para tanto foi utilizada uma única pergunta disparadora: Como é viver com dor crônica?, cujas respostas foram separadas e analisadas em focos (diagnóstico, estratégias de enfrentamento, comportamentos observáveis, percepção de domínio pessoal emoções) e categorias. Foi apresentado também um questionário de identificação com 10 (dez) questões abrangendo os itens idade, estado civil, nº de filhos, escolaridade, profissão, religião, exercício de atividade remunerada, renda mensal, tempo de convívio com os sintomas e tempo de diagnóstico e também foi aplicada uma escala para verificação da presença de pensamentos catastróficos com 9 (nove) questões adaptado e validado por Sardá Jr. et al (2008), abarcando as questões: não posso mais suportar essa dor; não importa o que eu fizer minhas dores não mudarão; preciso tomar remédios para a dor; isso nunca vai acabar; sou um caso sem esperança, quando ficarei pior novamente? Essa dor está me matando; eu não consigo mais continuar; essa dor está me deixando maluco. Os resultados encontrados confirmam a presença de impactos biopsicossociais nas colaboradoras, bem como a presença de estratégias de enfrentamento e crenças disfuncionais para lidar com a dor, considerando que na amostra, somente 36,4% (n=12) fizeram uso de aceitação e resiliência como formas de enfrentamento. Com relação à presença de pensamentos catastróficos, encontrou-se alta pontuação (48,5%) desses pensamentos, (54,5%) de ruminação e (36,4%) de desesperança, confirmando o objetivo proposto que era verificar a existência de pensamentos catastróficos nas mulheres colaboradoras. A tese destaca a relevância de mais estudos sobre os impactos emocionais e comportamentais decorrentes de doenças crônicas, como as doenças representadas nessa pesquisa |