O impacto da ansiedade e depressão na qualidade de vida de mulheres com dor pélvica crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Romão, Adriana Peterson Mariano Salata
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-06102008-143135/
Resumo: Introdução: A Dor Pélvica Crônica (DPC) tem sido definida como dor pélvica não exclusivamente menstrual, com duração de pelo menos seis meses, suficientemente intensa que pode interferir em atividades habituais, necessitando de tratamento clínico e/ou cirúrgico. Pacientes portadoras de DPC tem apresentado altos níveis de ansiedade e depressão desta forma tem havido um comprometimento na sua qualidade de vida. Objetivos: verificar o impacto da ansiedade e depressão na qualidade de vida de mulheres com dor pélvica crônica. Casuísticas e Métodos: foi realizado um estudo do tipo transversal, no qual foram incluídas 52 pacientes com dor e 54 sem dor. A depressão e a ansiedade foram avaliadas pela escala Hospital Anxiety and Depression Scale - HAD e a qualidade de vida foi avaliada pelo World Health Organization Quality of life Whoqol-bref. Para análise estatística foram utilizados os testes U de Mann-Whitney, Exato de Fisher, X² e o teste de Spearman. Resultados: A freqüência de ansiedade nos grupos com dor e controle foram respectivamente 73% e 37% (p=0, 0001) e de depressão foram respectivamente 40% e 30% (p=0, 0269). Houve correlação significativa entre os escores de ansiedade e depressão (p<0, 0001; r= 0, 6418). Quanto aos escores de qualidade de vida observaram-se diferenças significativas entre os domínios físico (p<0, 0001), psicológico (p<0, 003) e social (p<0, 005), não havendo diferenças significativas no domínio ambiental (p=0, 610) entre os grupos. Foram comparadas no grupo com dor, pacientes com e sem ansiedade quanto aos escores de qualidade de vida, observando-se níveis significativamente mais elevados nos domínios físico (p=0, 0011), psicológico (p<0, 0001), social (p=0, 0186) e ambiental (p=0, 0187) nas pacientes sem ansiedade. Neste mesmo grupo, foram comparadas as pacientes com e sem depressão quanto aos escores de qualidade de vida, observando-se níveis significativamente mais elevados para os domínios físico (p=0, 003), psicológico (p<0, 0001), social (p=0, 0015) e ambiental (p=0, 0048). Conclusões: As pacientes com DPC apresentam índices de ansiedade e depressão maiores que o grupo controle e a sua qualidade de vida está diminuída. Quanto maiores os escores de ansiedade e depressão, menores os escores de qualidade de vida. Mais estudos são necessários para comprovar efetivamente estas associações. No entanto, uma avaliação bem realizada e o acompanhamento psicológico podem auxiliar no tratamento da dor pélvica crônica, objetivando melhorar a qualidade de vida dessas pacientes.