Let the great world spin, de Colum McCann: superando um trauma?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Coelho, Maria do Rosario Casas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-03122015-130217/
Resumo: A presente dissertação tem por objetivo compreender de que maneira se dá a representação do trauma em Let the Great World Spin (2009), do premiado autor irlandês, Colum McCann. O romance foi escrito para falar sobre os ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001, Nova Iorque, muito embora o evento não tenha sido diretamente mencionado no romance. A análise levou em conta declarações do próprio autor, de que não importa sobre o que escreva, é sempre sobre a Irlanda que fala e com isso houve a necessidade de se encontrar traumas comuns a Irlanda e aos Estados Unidos. Sendo essa a razão pela qual os aspectos \'imigração\' e \'família\' fazem parte deste estudo, pois a emigração repercutiu enormemente na configuração da família irlandesa. Ao ambientar o romance na Nova Iorque de 7 de Agosto de 1974, o autor já estabelece um distanciamento temporal e um recorte específico em que semelhanças entre 1974 e 2001 são realçadas no romance. A presença do artista francês Philippe Petit, que andou em um cabo de aço estendido entre as torres gêmeas, no que ficou conhecido como o maior crime artístico do século XX, estabelece a metáfora com o que em 2001 ficou conhecido como o maior ato terrorista do século XXI. Autores como Sztompka, Versluys, Smelser e Gibbs foram norteadores para a evolução da análise do trauma retratado no texto de Colum McCann. O romance opera com um grande número de vozes narrativas, provocando uma polifonia que atende ao objetivo do autor de dificultar ao máximo a estereotipia de suas personagens.