Análise cinemática do tronco, quadril e joelho durante a realização de diferentes tarefas funcionais para avaliação do valgo dinâmico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Cervi, Ana Cristina Corrêa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-07062017-131722/
Resumo: Um dos fatores que podem contribuir para as lesões na articulação do joelho é a incapacidade do indivíduo em manter durante atividades funcionais, um bom alinhamento entre os segmentos corporais tais como tronco, quadril e joelho. Na maioria das vezes o aumento do valgo dinâmico de joelho é apontado como um fator etiológico de lesões nessa articulação e sua identificação precoceé importante, bem como de outros fatores biomecânicos. Os testes funcionais para avaliação do valgo são importantes ferramentas para analisar o alinhamento dinâmico entre os segmentos corporais, porém ainda não há na literatura subsídios cinesiológicos que comparem a amplitude articular do joelho, quadril e tronco nas principais tarefas funcionais e utilizadas na prática clínica. Da mesma forma, a relação da cinemática desses segmentos com o torque dos músculos estabilizadores do quadril e joelho ainda é controverso. Objetivos: Comparar os valores angulares dados pela cinemática de tronco, quadril e joelho em cinco diferentes tarefas funcionais utilizadas para avaliação do valgo dinâmicoe correlacionar com o pico de torque de joelho e quadril. Materiais e Métodos: 30 voluntários saudáveis sem historia de dor ou disfunção em membros inferiores, de ambos os sexos (15 homens e 15 mulheres) com idade de 18 a 35 anos realizaram os testes de força muscular isométrica para todos os grupos musculares de joelho e quadril utilizando o Dinamômetro isocinéticoBiodex®. Entre 3 a 7 dias após o teste de força muscular foi realizada a análise cinemática de tronco, quadril e joelho utilizando o Sistema VICON (Centennial, CO, EUA) durante a realização de cinco diferentes tarefas funcionais para avaliação do valgo dinâmico de joelho, sendo elas: descida de degrau, singlelegstepdown, agachamento unipodal, aterrissagem unipodal, drop vertical jump. Resultados: A tarefa dedrop vertical jump apresentou os maiores valores de pico de valgo(média: 20,1º p<=0,04), rotação interna de joelho(média: 9,7º p<=0,003), flexão de quadril(média: 38,8º p<=0,001) e menores valores de rotação de tronco (média: 0,07º p<=0,009). A tarefa de single legstepdown apresentou maiores valores de flexão de tronco (média: 10,2º p<=0,002) em relação às outras tarefas funcionais. Foi observada uma correlação negativa e fraca do pico de torque de rotadores externos de quadril e inclinação ipsilateral de tronco(R= - 0,36; p=0,049) na tarefa de descida de degrau. Não houve evidências de correlação entre o pico de torque de abdutores, adutores, rotadores internos,rotadores externos, flexores, extensores de quadril e flexores e extensores de joelho com a cinemática de joelho, quadril e tronco nas tarefas funcionais de agachamento unipodal, aterrissagem unipodal, drop vertical jump e singlelegstepdown. Conclusão:A compreensão das variáveis cinesiológicas de joelho, quadril e troncoé fundamental para direcionar o clínico na escolha do teste funcional para avaliação do valgo dinâmico.Todas as tarefas analisadas são efetivas para avaliar o valgo dinâmico, porém adrop vertical jumpparece demandar mais estratégias de joelho e quadril, e a tarefasingle legstepdown apresentou maiores alterações cinesiológicasde tronco. Além disso, o pico de torque de quadril e joelho não exerceu influência no desempenho dos testes em indivíduos saudáveis