Análise cinemática e baropodométrica de tornozelo e pé durante diferentes tarefas funcionais para avaliação do valgo dinâmico de joelho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Telarolli, Diego José Argenton
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-10042018-112043/
Resumo: O valgo dinâmico de joelho é amplamente relacionado à disfunção e ao mau alinhamento postural e membros inferiores. No entanto, não está estabelecido como o valgo dinâmico de joelho está associado às adaptações cinemáticas de tornozelo e pé e ao comportamento das cargas plantares durante atividades funcionais. Objetivo: Comparar a amplitude articular de dorsiflexão do tornozelo, adução e abdução de retropé, pronação e supinação de subtalar, bem como avaliar a área e a pressão plantar total e do mediopé em diferentes tarefas funcionais utilizadas na avaliação do valgo dinâmico de joelho em indivíduos clinicamente saudáveis de ambos os sexos a partir da avaliação cinemática e baropodométrica. O objetivo foi correlacionar o valor do pico de valgo dinâmico de joelho com as amplitudes de tornozelo, com a área e pressão plantar do pé nestas tarefas. Materiais e métodos: Foram incluídos 30 voluntários sem histórico de lesão ou trauma nos membros inferiores, sendo 15 homens e 15 mulheres. Os voluntários tiveram o membro inferior dominante avaliado na realização de cinco diferentes tarefas funcionais: descida de degrau, single leg step down, agachamento unipodálico, aterrissagem unipodálica e drop vertical jump. Para a avaliação cinemática foi utilizado o sistema Vicon (Centennial, CO, EUA) com um total de 34 marcadores refletivos bilateralmente, para observação das variáveis cinemáticas tridimensionais de joelho, tornozelo e pé. A área e a pressão plantar foram obtidas do Baropodômetro Matscan System (Tekscan®. South Boston, MA, EUA). Para as análises dos dados cinemáticos e baropodométricos foram considerados o momento do pico de valgo de joelho nas diferentes tarefas funcionais realizadas. Resultados: As amplitudes de dorsiflexão de tornozelo (P = 0,489), adução e abdução do retropé (P = 0,0791), pronação e supinação de retropé (P = 0,163) e pronação e supinação da articulação subtalar (P = 0,305) não foram diferentes entre nenhuma das tarefas realizadas. Quanto as variáveis de área e pressão plantar total do pé, as tarefas de agachamento unipodálico e a descida de degrau apresentaram os maiores valores em comparação as tarefas de aterrissagem unipodálica (p = 0,005 e 0,027; ES = 0,66), drop vertical jump (p = 0,001 e p = 0,001; ES = 0,38) e single leg step down (p = 0,01 e p = 0,007; ES = 0,43). Os menores valores foram observados na tarefa de drop vertical jump com diferenças observadas para todas as tarefas (p<0,05). Já para as variáveis de pressão plantar do mediopé, a maior pressão foi observada na tarefa de descida de degrau que foi diferente de todas as tarefas (p<0,005), exceto a tarefa de agachamento unipodálico (p=0,13 es= 0,306) e as menores pressões foram encontradas na tarefa do drop vertical jump que apresentou diferenças para a tarefa de agachamento unipodálico (p=0,028 es= 0,485), aterrissagem unipodálica (p=0,006 es= 0,687) e descida de degrau (p=0,001 es= 0,257), porém não apresentou diferenças quando comparada a tarefa de single leg step down (p=0,374 es= 0,170). As variáveis de pico de valgo dinâmico de joelho apresentaram baixa correlação com as variáveis de pronação da articulação subtalar, área e pressão total e do mediopé. Conclusão: As tarefas funcionais avaliadas não apresentam diferença na cinemática de tornozelo e pé. A tarefa de descida de degrau levou a uma maior área de contato e maior pressão plantar do pé e a tarefa de drop vertical jump apresentou menor área de contato e menor pressão plantar do pé. Não houve correlação do pico de valgo dinâmico de joelho, com as amplitudes de tornozelo e pé, bem como a área e a pressão plantar do pé.