Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Nichi, Marcilio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-14062004-114313/
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Resumo: |
A resistência de bovinos Bos taurus taurus a ambientes tropicais é menor quando comparada com a de Bos taurus indicus. Essa característica influencia os aspectos reprodutivos e vem sendo amplamente descrita na literatura. No que diz respeito aos touros, esta influência torna-se ainda mais significativa, visto que uma menor fertilidade destes impõe enorme impacto na produção animal. Vários são os estudos que comprovam o efeito negativo do estresse térmico sobre os parâmetros seminais de touros europeus provocando diminuição da fertilidade, porém a patogenia deste quadro não está confirmada. Uma hipótese para esta menor fertilidade seria um maior nível de estresse oxidativo nos touros europeus, no qual haveria um desequilíbrio entre a produção de espécies reativas ao oxigênio (EROs) e os níveis de proteção antioxidante. Para testar esta hipótese, foram utilizados 20 touros Simental (Bos taurus taurus) e 20 touros Nelore (Bos taurus indicus), criados a campo, na região de Dourados, Mato Grosso do Sul, submetidos a duas coletas anuais, durante o verão e inverno, no período de dois anos consecutivos. As amostras foram analisadas através da análise espermática padrão, dos níveis das enzimas antioxidantes, catalase e superóxido dismutase (SOD), e dos níveis de malondialdeído (MDA), produto da peroxidação lipídica, que foi utilizado como índice de estresse oxidativo. Os dados foram analisados pela análise de variância ONEWAY, levando em conta as classes raça (Nelore e Simental) e estação do ano (verão e inverno), através do programa SAS for Windows. As variáveis defeitos menores, defeitos totais e motilidade não apresentaram diferenças quanto a raça ou estação do ano. Observou-se efeito de estação do ano sobre as variáveis defeitos maiores (20,32±15,30% e 12,17±12,27%, verão e inverno respectivamente; p=0,02) e MDA (842,66±527,98 e 419,30±434,14 ng/ml, verão e inverno respectivamente; p=0,006), apenas no sêmen dos touros de raça Simental. As concentrações das enzimas antioxidantes SOD e catalase, não diferiram entre as raças e tampouco entre as estações do ano. Observou-se correlação entre MDA e formas anormais de cabeça (r=0,39, p=0,0035) e entre SOD e defeitos primários (r= - 0,31, p=0,0075). Os resultados obtidos sugerem que houve um maior nível de estresse oxidativo nos animais de origem européia criados a campo em clima tropical em relação aos animais de origem indiana, provavelmente relacionado a uma produção excessiva de EROs sem a devida compensação antioxidante. |