O soerguimento da construção naval brasileira nos anos 2000: uma análise neo-schumpeteriana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Lima, Guilherme Penin Santos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-18122009-104522/
Resumo: A indústria brasileira de construção naval apresentou, ao longo da presente década, crescimento considerável em seu nível de atividade. Tal fato estilizado guarda relação íntima com a dinâmica da indústria de exploração de petróleo em alto mar, mas está relativamente apartado das variáveis que determinam o nível de atividade da indústria em outras regiões do planeta. Tal soerguimento deu-se sobre os escombros de uma profunda crise na qual a indústria esteve imersa por mais de uma década, período durante o qual o paradigma mundial de construção naval transformou-se sobremaneira. Não obstante, alguns dos estaleiros brasileiros lograram atender à demanda relacionada à atividade petrolífera e suprir o mercado com número considerável de embarcações, em curto período de tempo. A partir de marco teórico neo-schumpeteriano, tenta-se, primeiramente, explicar a atual distinção entre os padrões setoriais nacional e dos países líderes da construção naval, em termos da dinâmica tecnológica e de inovação. Uma vez caracterizada tal distinção, analisam-se, para uma amostra de estaleiros nacionais que participaram do esforço de soerguimento da indústria, as estratégias tecnológicas adotadas por cada uma das firmas para capacitar-se ao atendimento do impulso de demanda por embarcações, esforço analítico inspirado em Freeman (1975) e Vermulm (1994). Conclui-se que, enquanto a construção naval dos países líderes de mercado é uma indústria típica dos setores intensivos em escala, a indústria nacional aproxima-se da categoria dos dominados por fornecedores. No que se refere ao âmbito das firmas individuais, vê-se a emergência de heterogeneidade de estratégias, dependentes das trajetórias pregressas dos estaleiros e de suas decisões estratégicas durante a retomada. Tenta-se, por fim, classificálas através de taxonomia elaborada para este fim.