Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Shiwa, Sílvia Regina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-24112015-102529/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Conhecer o perfil dos fisioterapeutas é o primeiro passo para dar início ao desenvolvimento de ações em busca do crescimento, reconhecimento e valorização da profissão. No Estado de São Paulo estão registrados mais de 34% dos fisioterapeutas brasileiros, é o Estado em que foi criado o primeiro curso de fisioterapia e que possui o maior número de universidades com o curso de fisioterapia em atividade. O curso de fisioterapia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) é o pioneiro no país. Já foi estudado o perfil do fisioterapeuta em outros estados, especialidades, universidades ou locais de trabalho específicos, porém não temos conhecimento do atual perfil do fisioterapeuta do Estado de São Paulo. OBJETIVO: Descrever o perfil do fisioterapeuta do Estado de São Paulo e do egresso do curso de fisioterapia da FMUSP segundo os aspectos demográfico, formativo e de atuação profissional. Como objetivo secundário, avaliar se há associação entre o tipo de instituição cursada, o local de trabalho e o ano de graduação com a renda salarial mensal. MÉTODO: Todos os fisioterapeutas inscritos no Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 3ª Região com pelo menos um ano de graduado foram convidados a participar do estudo que consistia em responder um questionário online (Survey Monkey®). Para assegurar a confidencialidade da identificação do profissional, o envio foi realizado pelo Crefito-3 e os questionários não exigiam identificação. Todos os dados foram analisados e foram apresentados em frequências absoluta e relativa. As associações foram analisadas pelo Teste de Qui Quadrado. RESULTADOS: No total 2323 fisioterapeutas participaram da pesquisa, provenientes de todo o Estado de São Paulo, sendo 110 graduados na FMUSP. A amostra geral consistiu em 80% de mulheres, 62% graduou-se entre os anos de 2001 e 2010, 83% graduou-se em uma universidade privada, cerca de 85% dos profissionais realizaram alguma pós graduação, sendo 66,7% pós-graduação lato sensu e 18,3% stricto sensu. As áreas de especialização lato sensu mais procuradas foram a ortopedia (12,7%), cardiorrespiratória (12,0%), acupuntura (10,5%) e neurologia (8,5%), porém 19,0% realizaram uma pós-graduação em uma área ainda não reconhecida pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, como a hidroterapia, geriatria, fisiologia do exercício e gestão hospitalar. Em relação ao stricto sensu, 10,8% possuem título de mestre e 7,5% de doutores. Dos entrevistados, 83,2% atua como fisioterapeuta e em 67,3% a fisioterapia é a sua única fonte de renda. O local de trabalho predominante é o atendimento domiciliar (35,4%) e a renda bruta mensal foi de acima de R$3.000,00 em 35,9% dos casos, sendo que os profissionais com mais tempo de formado ganham mais do que os graduados há menos tempo, e os que atuam em universidades são melhores remunerados. Trinta e sete por cento dos participantes estão parcialmente satisfeitos com a profissão, 98% atualizam-se participando de congressos, cursos e leitura de artigos científicos, apresentam baixa adesão aos sindicatos e associações de classe (15,8%) e somente 13% tinha conhecimento sobre o valor do piso salarial atual. O egresso da FMUSP apresentou como diferencial comparado ao perfil do fisioterapeuta do Estado de São Paulo, a maior dedicação à docência e pesquisa, maior atuação nas universidades, melhores remunerações e encontraram menores dificuldades na inserção no mercado de trabalho. Na análise secundária, não foram encontradas associadas entre a renda salarial mensal e o tipo de instituição, a atuação em clínicas próprias está associada a melhores remunerações e os graduados há mais tempo possuem melhores salários. CONCLUSÃO: A classe de fisioterapeutas do Estado de São Paulo é formada predominantemente por mulheres jovens, graduadas após 2001 em uma universidade privada, com pós-graduação lato sensu, autônoma, realizando atendimentos domiciliares, com renda mensal entre R$1.500,00 a R$6.000,00, estão parcialmente satisfeitos com a profissão, possuem a fisioterapia como única fonte de renda e mantém-se atualizados através da participação em congressos, cursos e leitura de artigos científicos |