Alterações metabólicas e endocrinológicas relacionadas ao eixo hipotálamo-hipófise-adrenal em cães com mastocitoma: comparação de diferentes protocolos de tratamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Januário, Eric Vieira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-11032022-094901/
Resumo: Na espécie canina há poucos estudos que demonstrem a ocorrência de alterações endócrinas adversas às neoplasias ou terapias antineoplásicas. Os objetivos deste projeto incluem a avaliação dos níveis de cortisol e de parâmetros metabólicos em cães com mastocitoma anterior ou posteriormente à sua terapia. Secundariamente avaliamos os efeitos do mastocitoma sobre as características ultrassonográficas de adrenais, o efeito de um fosfolipídio antineoplásico em cães com este tipo de neoplasia e fizemos uma revisão sobre o uso de glicocorticoides em cães com neoplasias. Desta forma esta tese resultou em cinco artigos científicos. O estudo principal envolveu a realização do teste de estimulação com ACTH em 44 cães com mastocitoma cutâneo ou subcutâneo anterior e 30 dias após sua terapia cirúrgica isoladamente (n=10) ou seguida de vimblastina e prednisona (n=12), lomustina e prednisona (n=12) ou fosfato de 2-aminoetil- diidrogênio (n=10), que foram comparados a um grupo controle (n=10). Demonstramos que cães com mastocitoma podem apresentar elevação dos níveis de cortisol pós ACTH anteriormente à terapia e, portanto, falsos positivos para hiperadrenocorticismo, com menor ocorrência deste tipo de ocorrência após o tratamento da neoplasia. Um segundo estudo comparou o resultado de parâmetros metabólicos (peso, escore de condição corporal e níveis séricos de glicose, alanina aminotransferase, fosfatase alcalina, triglicérides, colesterol) destes 44 cães com mastocitoma e comparou estes achados entre os mesmos grupos de terapia e controle. Concluiu-se que há ocorrência de elevação de alanina aminotransferase, hiperfosfatasemia, hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia em cães tratados com quimioterápicos associados à prednisona. Descrevemos em um terceiro artigo uma revisão bibliográfica sobre o uso de glicocorticoides sintéticos em casos de neoplasias caninas. Um quarto trabalho envolveu o estudo prospectivo do uso de fosfato de 2-aminoetil-diidrogênio em 10 cães com mastocitoma no qual demonstramos que este fármaco foi seguro nestes animais. No entanto não foi suficientemente eficaz para prevenir a recidiva de novo tumor ou metástase em cães com fatores imuno-histoquímicos de mau prognóstico. Por fim, foi realizado um estudo retrospectivo das alterações de dimensões, morfologia, ecogenicidade e presença de neoformações em adrenais de cães com mastocitoma (n=120). Observou-se adrenomegalia em 30%, alterações morfológicas de adrenais em 7,5%, neoformações adrenais em 1,6% dos casos e concluiu-se que cães com mastocitoma pode apresentar alterações principalmente nas dimensões adrenais.