Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Araujo, Joana Souto Guimaraes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-12042013-102948/
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Resumo: |
Na poesia de Eugénio de Andrade (1923-2005), a mudança não constitui propriamente um desligamento ou uma ruptura, mas um reencontro. Sua poesia persegue, na transformação, a possibilidade de permanência, e assim constrói, por meio da continuidade de seus elementos, um movimento cuja variação desperta uma série de associações ou ressonâncias. Com vistas na dinâmica fluida dessa poesia, esta dissertação de mestrado propõe uma análise de signos e disposições imagéticas recorrentes em Poemas (1945-1965), reunião da primeira fase de sua obra, publicada em 1966. Muitas das imagens selecionadas, motivadas pelos temas do amor e do fazer poético, traçam movimentos de deslocamento e expansão, e serão lidas como alusões à palavra poética, que, ora em nascimento, ora em transformação, sublinha a existência de uma estrutura poética autônoma e autorreflexiva. Desse modo, identificamos núcleos poéticos em cada um dos sete livros da coletânea, movimentados por signos centrais, que se desenrolam, confrontam-se, e permitem uma leitura conjunta dos poemas. Por meio de prefácios e poemas de abertura, seguidos de outros poemas e trechos relevantes, pretendemos investigar a formulação de uma concepção poética, que se revela, antes de mais nada, em permanente renovação, evidenciando esforços afirmativos contra a paralisia do sujeito e em diálogo com a condição crítica do mundo moderno. Pois, ainda que a poesia de Eugénio de Andrade procure sua expressão na própria realidade das palavras, não deixa de manifestar um momento histórico em que o sujeito enfrenta a consciência dolorosa de um mundo caótico, fragmentado, e separado da natureza. |