Eletrificação rural de baixo custo - norma técnica e vontade política.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Jucá, Anderson da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3143/tde-03102024-111619/
Resumo: Os engenheiros de distribuição preferem pensar a eletrificação rural como sendo a extensão das linhas de distribuição urbanas, com todos os seus padrões, para a região rural. As empresas de energia não têm simpatia pela eletrificação rural, e estão acostumados a não dar prioridade ao tema, mesmo porque o poder concedente se omite. A população rural que ainda está sem luz é pobre e sem representatividade política. Então, a omissão do Estado induz a omissão da concessionária, que permite a omissão da engenharia de distribuição com relação à busca de soluções de baixo custo que possam viabilizar o acesso do pobre rural à luz elétrica. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES- e a Universidade de São Paulo desenvolveram um modelo de eletrificação que permite evitar a prática da exclusão social nos programas rurais. Esse modelo requer que sejam criadas condições para que as obras sejam executadas a custo muito baixo e só se viabiliza se houver vontade política do governo. O governo do Estado de São Paulo planejou uma política de eletrificação rural com tais requisitos e contratou com o BNDES o Programa \"Luz da Terra\". Esta dissertação apresenta o resultado do trabalho de busca de uma norma técnica capaz de dar suporte ao programa \"Luz da Terra\". Analisa as dificuldades interpostas pelas concessionárias envolvidas e faz uma crítica da prática do programa. Conclui que a discussão e aevolução das técnicas ficam enfraquecidas quando a vontade política do governo não se traduz em atos que façam com que os técnicos assumam uma atitude efetiva de procurar os mais baixos custos para a eletrificação.