Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Mesquita, Ana Carolina de Carvalho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-30042019-120825/
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Resumo: |
Esta tese de doutorado sobre o diário de Virginia Woolf divide-se em duas partes. A primeira, uma análise do diário como um todo, busca trazer à tona sua literariedade e aproximações modernistas, que, como procuro mostrar, viram-se obliteradas durante os processos de sua edição. O diário de Woolf tem sido tradicionalmente usado como suporte para interpretar suas obras principais os livros de ficção e não-ficção cuja publicação ela supervisionou pessoalmente em vida , porém, como observa seu biógrafo Quentin Bell, ele é, em si, uma grande obra. A primeira parte destaca ainda pontos de uma possível teoria literária woolfiana (as aspas se devem ao fato de Woolf ter sido avessas a consolidações e se propor a quebrar o molde a cada novo livro), tais como as possibilidades de representação do mundo e do indivíduo as subjetividades e os movimentos da história, da guerra e da violência, principalmente aqueles relacionados à mulher. Buscou-se realizar tal análise em confronto com o restante da obra de Woolf e seu contexto, dando atenção às particularidades do seu diário e, em especial, ao que chamo de sua forma-cruzamento. Sustento que o diário é uma obra especialmente marcada pelas intercessões entre gêneros; ficção e realidade; e interior e exterior (público e privado); bem como entre as demais obras woolfianas, num movimento de constante autotextualidade. A segunda parte da presente tese oferece a tradução integral e comentada do período em que Virginia Woolf morou no número 52 da Tavistock Square, em Londres (de março de 1924 a início de agosto de 1939), que denomino Diário de Tavistock. Tal tradução alinha-se com um entendimento que enxerga no próprio ato tradutório uma aproximação com o ato crítico, no sentido de que também proporciona um embate privilegiado com o texto e suas múltiplas relações interpretativas. |