A linha metafísica do belo: estética e antropologia em K. P. Moritz

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Spezzapria, Mario
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-05102017-184315/
Resumo: Neste trabalho proponho identificar no pensamento de Karl Philipp Moritz (1756- 1793) uma posição filosófica homogênea e coerente, cujas estruturas teóricas se encontram exemplificadas paradigmaticamente na teoria estética, a qual pelo menos em parte é também seu lugar seminal. A estética moritziana se apresenta a um só tempo como uma ampla reflexão sobre a totalidade e como uma teoria do valor intrínseco de qualquer individualidade, temas que nosso autor transfere para a reflexão sobre o homem. No fundo do seu pensamento estético e antropológico se encontra a questão: como pode um \"objeto\" (que seja uma obra de arte, o caráter ou o gosto de um povo ou de um indivíduo singular) ser pensado no seu valor autônomo? Uma questão que pressupõe a experiência de um fracasso, uma falta de sentido e, concomitantemente, o esforço constante por parte do homem de reproduzir este valor \"objetivo\" (uma tenção para o ideal da totalidade acabada), ao passo que a vida humana permanece essencialmente dominada pela limitação, destruição, dor e falimento. Aprendendo a ocupar-se de uma totalidade completa e acabada (o objeto artístico), a estética se torna o paradigma para a compreensão de outros domínios (humanidade, natureza, história) e um instrumento para a apreciação da vida como uma \"obra de arte\".