Diálogos modernos: Lina Bo Bardi e a Caravana Farkas 

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Sanchez, Isabel Bairão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-20072021-150903/
Resumo: Essa pesquisa identifica diálogos entre a arquiteta Lina Bo Bardi e os cineastas Paulo Gil Soares, Geraldo Sarno e Sergio Muniz, investigando em que sentido o olhar desses artistas para a cultura popular os aproxima e o que os lugares de diálogo dizem sobre a natureza da própria conversa e a inserção das trajetórias intelectuais numa tessitura social. Tangências significativas entre os personagens conduzem a elaboração do trabalho: o filme A Mão do Homem (1969), de Paulo Gil Soares, é dedicado nos créditos iniciais à Lina Bo Bardi e tem título similar a uma de suas exposições, do mesmo ano: A mão do povo brasileiro (São Paulo, 1969). Os realizadores e a arquiteta dividiram espaços de trabalho e de discurso, sendo reciprocamente mencionados em declarações sobre suas produções intelectuais entre os anos de 1957 e 1969. Desse modo, uma narrativa historiográfica é proposta a partir de três tipologias de suportes documentais: filmes, impressos e exposições. Entendo que arquiteta e cineastas se relacionam com a cultura popular em três níveis: enquanto tema, linguagem e método. A observação do homem nordestino em ação, em seu método de trabalho, e os rebatimentos desse método nas produções eruditas, de modo nem sempre consciente, é o que defendo como a principal particularidade a unir as perspectivas de Lina Bo Bardi, Paulo Gil Soares, Geraldo Sarno e Sergio Muniz. O que interessou evidenciar nesse conjunto discursivo, mais do que uma valorização comum de certas soluções e práticas traduzidas em curadorias sobre a cultura material nordestina, é o quanto, para os quatro, esse olhar de alteridade habita a reflexão sobre o destino de seus próprios fazeres artísticos e intelectuais.