Acanthobothrium Blanchard, 1848: diversidade filogenética das linhagens parasitas de arraias de água doce

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Machado, Denis Jacob
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-24102012-075634/
Resumo: Primeiramente, apresentamos esclarecimentos sobre a origem do táxon Acanthobothrium. A autoria do gênero deve ser creditada à Blanchard em 1848, ocasião na qual este autor disponibilizou a primeira espécie válida para o gênero, Acanthobothrium coronatum. A espécie tipo de Acanthobothrium é A. coronatum Blanchard, 1848, um sinônimo júnior de A. corollatum (Abilgaard, 1790). Também foi identificada Raja batis L. como hospedeiro-tipo do gênero. A seguir, empregamos a otimização direta de 16S, 28S, and ITS1 rDNA para avaliar o posicionamento filogenético das linhagens de Acanthobothrium parasitas de arraias de água doce (Potamotrygonidae). As delimitações morfológicas das espécies Acanthobothrium sp. 1, Acanthobothrium sp. 2 e A. terezae (sin. A. ramiroi) são validadas pela monofilia recíproca destas linhagens. São apresentados indícios de que A. amazonensis é sinônimo de A. quinonesi. Nossos resultados reforçam a ideia de que tetrafilídeos parasitas de potamotrigonídeos apresentam grande variação morfológica intraespecífica e baixa especificidade (em contraste com seus congêneres marinhos). Acanthobothrium quinonesi é grupo irmão do clado que compreende A. terezae e Acanthobothrium sp. 1. Acanthobothrium sp. 2 está mais relacionados com seus congêneres marinhos do que com as demais espécies parasitas de potamotrigonídeos, o que sugere que a colonização da água doce por Acanthobothrium se deu através de pelo menos duas linhagens ancestrais independentes que infectavam o ancestral exclusivo comum das arrais de água doce.