Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Koser, Jaqueline Reginato |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17135/tde-01072015-091109/
|
Resumo: |
A espécie Drosophila antoneitae é cactófila, ovipositando principalmente no cacto hospedeiro Cereus hildmaniannus. Ambas as espécies são encontradas em solos drenados ou afloramentos de rocha na região de Missiones, um dos núcleos de Floresta Tropical Sazonalmente Seca (FTSS), e no litoral sul-brasileiro. O núcleo de Missiones compreende a base dos rios Paraná-Paraguai e é uma possível área de estabilidade climática durante as oscilações do Quaternário. Para avaliar a distribuição atual da diversidade genética de D. antonietae e sua associação com alterações na paisagem, foram realizadas as seguintes análises: estruturação populacional, estabelecimento de hipóteses filogeográficas e de eventos demográficos, testes de neutralidade e modelagem de nicho atual e paleoecológico. O gene mitocondrial COI e nuclear period foram analisados. O gene period é pouco variável e a distribuição da variabilidade genética é homogênea. O gene COI é bastante polimórfico e há estruturação entre as populações formando três agrupamentos: um em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, outro no Paraná e São Paulo e o terceiro no centro-oeste brasileiro. A população do centro-oeste brasileiro provavelmente é a mais antiga, coincidente com a área do estudo mais estável climaticamente. Este agrupamento forma uma rede de haplótipos separada, devido alta estruturação e isolamento, provavelmente tendo no rio Paraná uma importante barreira de fluxo gênico. Sugere-se que o provável centro de dispersão das demais populações de D. antonietae se localiza no sudeste brasileiro, e que houve diversos eventos de migração para as demais regiões de sua distribuição. Há indícios de polimorfismo compartilhado devido à recente diversificação das populações. Ambos os agrupamentos genéticos exibem sinais de expansão populacional, especialmente nas áreas de borda no núcleo de Missiones, onde o clima parece ter sido menos estável. O período de expansão demográfica é recente e coincidente com a maior extensão da vegetação seca, que também pode ter papel fundamental na estruturação das populações. |