Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Braz, Fabio Cezar |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-26092008-174607/
|
Resumo: |
A produção do espaço urbano, no plano do espaço físico, é a materialização das intenções e determinações de múltiplos agentes, os quais conduzem os destinos da cidade pelos desígnios do capital, orientando-a para um planejamento autofágico que promove a imagem da eficiência, uma representação do espaço que produzida com o intuito de vender a cidade, reforça as características de cidade global e abre possibilidade para a atuação dos agentes econômicos que põem em prática suas táticasestratégias de reprodução do capital no espaço. O conceito, o consenso que se produz sobre a cidade ou fragmentos dela, são induzidos e ao mesmo tempo indutores de estruturas, ritmos e de uma materialidade que se expressa no atual espaço capitalista, conformando os espaços de representação, que por sua vez potencializam a representação desse espaço. Tal representação reforça São Paulo como destino de eventos e de negócios. Uma lógica que revela um empresariamento da gestão urbana, um neodirigismo que aponta para a construção de uma cidade cada vez mais estranha aos que nela habitam. O capital é espacialmente seletivo e busca fixar-se nos centros mais dinâmicos da economia global. Produz-se, portanto, espaços homogêneos, fragmentados e hieraquizados. A competição mostra-se acirrada entre as cidades. O poder público, juntamente com a iniciativa privada, põem em prática diversas estratégias para a captação de grandes eventos e feiras de negócios, atraindo investimentos de toda ordem, fomentando o fluxo do turismo de negócios, segmento que corresponde ao sustentáculo de toda a cadeia de turismo da capital. Neste horizonte, estudar os grandes espaços de eventos/feiras de negócios na relação com o espaço urbano de São Paulo mostrou-se instigante. Na análise parte-se do processo de industrialização e de sua desconcentração do espaço urbano da cidade, sendo uma forma de situar o nascimento das feiras industriais. Estas feiras foram importantes para reforçar as marcas da indústria nacional, ampliando os negócios e contribuindo para inserir o Brasil no mercado mundial. O objeto da pesquisa compreende dois dos maiores recintos de eventos da cidade, o Parque Anhembi e o Centro de Exposições Imigrantes, cada um deles com suas particularidades e contexto. A análise mostra a relação desses recintos com o dinamismo da cidade em sua totalidade, envolvendo as dimensões econômica, política e social. E revela sua participação no processo de (re)produção do espaço urbano das regiões Norte e Sul, nas áreas que circundam o Parque Anhembi e o Centro de Exposições Imigrantes, respectivamente. |