Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Guil, Ana Luiza Feigol |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-18012012-153632/
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Resumo: |
O bagre cego de Iporanga, Pimelodella kronei, da região do Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira-PETAR, SP, foi o primeiro peixe troglóbio descoberto e descrito no Brasil e um dos mais estudados até hoje. Populações de bagres cegos atribuídas a essa espécie foram encontradas, até o momento, em cavernas do Sistema das Areias (Areias de Cima - localidade-tipo e abrigando a maior população conhecida -, Areias de Baixo e Ressurgência das Areias da Água Quente, esta aparentemente com uma população periférica), na Caverna Córrego Seco, na Ressurgência de Bombas e em cavernas do Sistema Alambari (caverna Alambari de Cima - população aparentemente extinta -, e Abismo do Gurutuva). Os bagres cegos do Sistema Areias foram excessivamente coletados na década de 1970, o que teria provocado um declínio populacional acentuado, registrado por Trajano (1987) 10 anos mais tarde. O presente estudo aborda a ecologia de P. kronei, com ênfase na população das Areias, utilizando métodos comparáveis aos de Trajano (op. cit.), para fins de monitoramento. Os aspectos analisados nas Areias foram: tamanho da população, crescimento individual e deslocamentos no habitat, a partir de marcação e recaptura individual; estrutura da população em termos de distribuição das freqüências de tamanhos (comprimento-padrão), peso e fator de condição (isométrico e alométrico); troglomorfismos (graus de redução de olhos e de pigmentação melânica). Complementarmente, exemplares das Areias, Bombas, Córrego Seco e Gurutuva foram comparados quanto à morfometria. A população de P. kronei das Areias mostrou evidências de estabilidade através da recuperação da estrutura de peso e comprimento-padrão. Assim como observado para outras espécies de siluriformes troglóbios, o crescimento individual é altamente heterogêneo, com casos de crescimento negativo. Os parâmetros da equação de Von Bertallanfy revelaram valores superiores aos de Trajano (1987), resultando em uma longevidade média de 15-20 anos. Os bagres estudados na Areias de Cima mostraram tendência de deslocamentos rio acima, em direção ao ponto mais distal no Córrego Grande (mais próximo à entrada de alimento externo), provavelmente para alimentação e reprodução. É possível que existam diferenças entre a população de Bombas e as demais localidades, sendo necessária uma investigação mais aprofundada, com métodos mais discriminatórios. |