Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Nogales, Carlos Goes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23145/tde-16012012-142900/
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Resumo: |
Este estudo analisou a ação do ozônio como coadjuvante à terapia endodôntica. Assim, (I) avaliou da eficiência da água ozonizada na redução microbiana realizada sobre suspensão bacteriana de Enterococcus faecalis, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus estudo in vitro; (II) testou a eficiência da água ozonizada e o gás ozônio na redução microbiana realizada em canais radiculares contaminados estudo ex vivo; e, (III) avaliou a reação biológica de cultura de fibroblastos sob aplicação do ozônio pelo método MTT. Inicialmente a água ozonizada nas concentrações de 5, 20 e 40 g/mL foi aplicada diretamente sobre as suspensões bacterianas separadamente por um minuto. Em seguida, foram feitas diluições seriadas e o plaqueamento para posterior contagem das UFC/mL. Na segunda parte, 180 dentes foram inoculados com 10 L das suspensões bacterianas separadamente e incubados por 7 dias. Em seguida foram submetidos aos grupos experimentais: Grupo I: controle de contaminação; Grupo II: instrumentação rotatória associando o hipoclorito de sódio 1% ao Endo-PTC gel e irrigação final com EDTA-T; Grupo III: protocolo semelhante ao Grupo II com a aplicação final do gás ozônio na concentração de 40 g/mL; e, Grupo IV: protocolo semelhante ao Grupo II com a irrigação final com a água ozonizada na concentração de 40 g/mL. Na sequencia de cada grupo foi feita coleta microbiológica, diluição seriada e plaqueamento por 24 horas e contagem das UFC/mL. Na terceira parte, a análise da viabilidade celular dos fibroblastos. O PBS foi ozonizado nas concentrações de 10, 20 e 40 g/mL e aplicado sobre as células. Os dados foram tabulados e submetidos à análise estatística pelo método de Kruskal-Wallis, complementado pelo método de Dunn (p<0.05). A primeira parte do estudo mostrou que o E. faecalis apresentou crescimento nas concentrações de 5 e 20 g/mL. Na análise da P. aeruginosa e o S. aureus não foi possível detectar UFC/mL. Já no estudo ex vivo, o Grupo IV foi o mais efetivo contra os microrganismos testados, com diferença estatística para os demais grupos, quando dos dentes contaminados com a P. aeruginosa. O estudo da viabilidade mostrou que o ozônio, em 0 horas, ocasionou uma queda na viabilidade celular que foi revertida nos demais tempos experimentais. A concentração de 40 g/mL foi a que proporcionou maior estímulo ao final da avaliação, com diferença estatística significante ao Grupo Controle. Diante das metodologias aplicadas, pode-se concluir que (I) a concentração de 40 g/mL foi a mais efetiva para reduzir o número dos microrganismos testados; (II) o protocolo instituído para a fase de preparo químico cirúrgico que associou a terapia tradicional com a água ozonizada na concentração de 40 g/mL foi o mais efetivo; (III) o ozônio em contato com os fibroblastos de gengiva, inicialmente causou diminuição na viabilidade celular, que foi revertida nos tempos experimentais subsequentes. A concentração de 40 g/mL foi a que causou maior redução no número de células viáveis, porém foi a que proporcionou maior estímulo ao final do experimento, mostrando-se biocompatível com a linhagem celular testada; e, (IV) diante do conjunto dos dados experimentais, a água ozonizada na concentração de 40 g/mL, comparada com as demais concentrações testadas, é a que apresenta melhor desempenho quanto ao seu poder antimicrobiano e biocompatibilidade, justificando sua inserção no arsenal clínico na terapia endodôntica. |