Arqueologia das campinaranas do baixo rio Negro: em busca dos pré-ceramistas nos areais da Amazônia Central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Costa, Fernando Walter da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/71/71131/tde-29072009-145147/
Resumo: Na Amazônia Central achava-se que a ocupação pré-colonial resumia-se ao período dos agricultores ceramistas. Essa realidade resultava da inexistência de evidências arqueológicas de populações com economia baseada na caça, na coleta e no processamento de recursos líticos. E começou a se modificar a partir de outubro de 2001, quando o sitio Dona Stella foi localizado. Desde então, com a intensificação das escavações verificou-se que esse sítio possui uma indústria lítica diversificada, incluindo lâminas bifaciais, pontas-de-projétil e datações entre 9.460 e 4.500 AP. As prospecções mostraram que os locais ideais para encontrarmos tais evidências são as áreas de campinaranas, próximas a igarapés pertencentes à bacia do rio Negro, onde ocorram afloramentos de arenito-silicificado. Esse modelo foi testado com sucesso em Iranduba e Manaus, onde identificamos mais de vinte sítios pré-cerâmicos em areais. Ocorre que a totalidade desses sítios encontra-se parcial ou totalmente destruída e em nenhum deles encontrou-se uma indústria lítica que seja comparável tanto em densidade, quanto em variabilidade tecnológica à do sítio Dona Stella, que, por enquanto é um caso único na Amazônia Central.