Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Maduenho, Alexandre Augusto Martins |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-29072010-092352/
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Resumo: |
Em nossa pesquisa discutimos o tema da impossibilidade transferencial na clínica psicanalítica contemporânea e suas conseqüências na direção daquilo que sugerimos como o intransferível. Quando Freud iniciou suas discussões sobre a transferência, nos Estudos Sobre a Histeria e na Interpretação dos Sonhos, estava instituindo um dos conceitos que demarcaria a especificidade da psicanálise. Seus esforços se desenvolveram no sentido de trazer a transferência para o primeiro plano tanto da técnica, quanto da teoria psicanalítica, pois, seu estatuto clínico e metapsicológico definia uma idéia de sintoma neurótico e uma abordagem clínica que, assim como a proposição do inconsciente, caracterizava a singularidade da psicanálise. Entretanto, com o avanço das reflexões freudianas e, em seguida, com a contribuição dos trabalhos pós-freudianos em psicanálise, cada vez mais foram descobertas outras formas de acontecer psíquico que não dispunham de todos os recursos elaborados que a transferência pressupunha. Nesse sentido, propomos com esse trabalho a díade transferível/intransferível como forma de demarcarmos um limite e nos empenharmos na seguinte questão da nossa tese: se, de acordo com o avanço dos estudos psicanalíticos, é possível reconhecermos o estatuto do que é transferido na transferência em termos de elementos e funções, o que seria possível dizer contemporaneamente dos elementos ou estados intransferíveis? Dedicamo-nos aos estudos de tais elementos ou estados, averiguando três fontes didaticamente distintas, porém, absolutamente interligadas em suas ocorrências: as características das formações psíquicas que estão em questão no intransferível, as funções e disfunções que presidem as situações de intransferibilidades e as especificidades das histórias relacionais objetais que determinam tais impossibilidades. Para esse desenvolvimento, trabalhamos a metapsicologia freudiana proposta nos textos Formulações Sobre os Dois Princípios do Acontecer Psíquico e o Além do Princípio do Prazer e autores posteriores a Freud, com destaque especial para Green, Winnicott e Bion. Nessa escolha nos preocupamos em dar continuidade às pesquisas e ao legado de Freud deixado a nós, situado além do princípio do prazer |