Deus e o Diabo a pagarem na selva de pedra: uma etnografia política de ocupações autogestionadas na Zona Leste de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Nicolau, Guilherme Giuliano
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-22082022-175846/
Resumo: Nosso trabalho continua nossa investigação de Mestrado, quando estudamos as relações entre as políticas de segurança europeia para o mediterrâneo junto às políticas migratórias, o que a leitura especializada chama de \'securitização da imigração\'. Transpusemos o mesmo dispositivo de poder para o plano municipal em São Paulo e verificamos a existência de uma \'securitização da assistência social\' em cidades sitiadas. Entendemos que esse processo é conjunto com a terceirização dos serviços públicos, como saúde e assistência social. Para identificar o elo entre segurança urbana e assistência social dentro de um Estado Neoliberal Bifronte (\'liberal\' para os de cima e \'autoritário\' para os de baixo), utilizamo-nos de métodos mistos. Fizemos trabalho de campo através da observação participante proposta pela etnografia política e etnografia radical; participamos de um coletivo autonomista de trabalhadores sociais, próximo à Pastoral do Povo de Rua e aos movimentos autonomistas de 2013, colaborando com a construção e organização de comunidades autogestionárias nos baixios dos viadutos na Zona Leste. Por outro lado, também coletamos material primário como atas de reunião das subprefeituras e de Conselhos de Segurança, notícias institucionais das secretarias do poder executivo municipal, descrição de ONGs da assistência social disponível em seus sites oficiais, biografia de gestores do bairro, dados orçamentários não-estruturados, dados demográficos geoindexados. Trabalhamos esse material de maneira tanto qualitativa como quantitativa. Na parte quantitativa utilizamo-nos de métodos computacionais e estatísticos, para identificar não só a existência da securitização da assistência social, mas também como ela acontece. Produzimos visualizações estatísticas, cartografia analítica e tagclouds (linguística computacional).